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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Oferta menor e demanda puxam os preços mundiais da carne bovina
Após um período de preços declinantes em vários países, a carne bovina voltou a subir em agosto, superando os valores praticados em 2012.
Menor oferta em alguns países, como no Brasil, e importações aceleradas em outros, como na China, dão um novo suporte aos preços.
Esse é o cenário descrito por analistas do Rabobank, uma instituição financeira especializada em agronegócio e que faz um acompanhamento trimestral do setor.
Segundo analistas do banco, houve uma redução nos custos da alimentação dos animais, o que diminui a necessidade de venda.
Um dos poucos países a viver situação inversa a esse cenário foi a Austrália. A seca forçou as vendas, reduzindo o preço médio dos animais em 1% em agosto deste ano em relação a 2012.
No caso brasileiro, analistas do Rabobank atribuem a alta a uma redução na oferta de animais de confinamentos e a uma maior demanda de carne para exportação. A desvalorização do real também favorece as exportações.
Os Estados Unidos, que vivem um momento confuso devido à decisão de um frigorífico de não comprar a carne produzida com substância promotora de crescimento, também têm alta de preço.
Para o banco, os preços vão continuar em alta tanto nos EUA como no Brasil.
A União Europeia começa a ter uma situação normalizada para a carne bovina, após os escândalos da carne de cavalo. A oferta menor tinha elevado os preços para patamares recordes.
Na China, os preços subiram 31% em um ano. A alta ocorre devido ao declínio da produção local e à necessidade de aumento das importações.
Área maior Os produtores brasileiros vão semear 29,5 milhões de hectares de soja nesta safra 2013/14. Essa área supera em 6% a da safra anterior.
Safra maior Os dados são da Céleres, que prevê aumento também na produção. Na avaliação da consultoria, o país deverá obter 86,2 milhões de toneladas, 5,8% mais do que na anterior.
Acelerado As exportações de milho começaram o mês em ritmo forte. Os dados da Secex apontam uma média de 211 toneladas por dia, 27% mais do que em outubro de 2012.
Bem acima Se esse ritmo for mantido, as exportações de milho do país poderão atingir 5 milhões de toneladas neste mês.
ALGODÃO
-3,8%
Ontem, em Nova York
ESTANHO
+3,1%
Ontem, em Londres
Renda com café exportado tem recuo de 15% no ano
O café continua destoando da maioria dos produtos do agronegócio. As exportações deste ano deverão atingir 31 milhões de sacas, 10% acima das de 2012. Já as receitas deverão recuar para US$ 5,2 bilhões no mesmo período.
Até setembro, as vendas somaram 22,4 milhões de sacas, 14% mais. Já as receitas caíram para US$ 3,9 bilhões, um recuo de 15% em relação a janeiro a setembro de 2012.
Os dados são do Cecafé, cujo diretor-geral da entidade, Guilherme Braga, diz que "esse comportamento já era esperado".
Conforme as informações do Cecafé (conselho dos exportadores), 84% das exportações foram de café arábica. As vendas de café solúvel representaram 11%, e as de robusta, 4,6%.