Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Cooperativa financia R$ 110 mi para aumentar a armazenagem de grãos
A Coamo, maior cooperativa agrícola da América Latina, assinou com o Banco do Brasil um protocolo de financiamento de R$ 110 milhões para ampliar a capacidade de estocagem de soja, milho e trigo. Serão 16 novos armazéns.
As estruturas serão erguidas em quatro novos entrepostos da cooperativa, em Maracaju e Ponta Porã (ambos em Mato Grosso do Sul), Santa Maria do Oeste (PR) e Bom Jesus (SC).
O financiamento faz parte de um plano de investimentos de R$ 465 milhões para os próximos três anos.
O pacote inclui, além dos quatro novos entrepostos, a ampliação de instalações em 67 unidades já existentes.
"A capacidade de armazenagem deve passar de 3,8 milhões de toneladas para 4,3 milhões", diz José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.
Nos postos que já existem, também haverá aporte na modernização de estruturas.
"As colheitadeiras aumentaram sua capacidade ao longo dos anos. Por isso, estamos com problemas na velocidade da descarga", afirma.
"Foi bom o governo ter lançado um plano de armazenagem porque os juros mais baixos ajudam a viabilizar os projetos", diz Gallassini.
"Mas não se pode resolver a questão da estocagem sem pensar nas estradas, ferrovias e portos, que são hoje o problema do Brasil. O que precisa é urgência na solução dessa infraestrutura."
Com cerca de 25 mil cooperados, a Coamo teve receita de R$ 7,15 bilhões em 2012. Para 2013, o montante deve ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 8,2 bilhões, diz o presidente.
Banco avalia R$ 500 mi em crédito para entidades do PR
Três meses após o lançamento pelo governo federal da nova linha de financiamento para armazenagem, o Banco do Brasil avalia empréstimos para cooperativas agrícolas do Paraná de cerca de R$ 500 milhões.
Apesar da demanda paranaense, um volume maior de financiamentos deve ser destinado agora para os Estados do Centro-Oeste, em especial ao Mato Grosso, onde a produção é maior.
"O Paraná saiu na frente por causa das cooperativas", afirma Osmar Dias, vice-presidente de agronegócios da instituição financeira.
A linha de financiamento para a construção de armazéns foi lançada junto com o Plano Safra 2013/14, que entrou em vigor em 1º de julho.
O programa prevê 15 anos de prazo para pagamento, com três de carência e taxa de juros de 3,5% ao ano.
O BB é o maior financiador agrícola do país e, com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), é o responsável pelos empréstimos em armazenagem do Plano Safra.
Serão disponibilizados R$ 5 bilhões por ano, dos quais R$ 4 bilhões do Banco do Brasil e o restante do BNDES.
"Como há um deficit de armazenagem no Brasil de 60 milhões de toneladas, é um trabalho que não vai ser resolvido em um curto espaço de tempo", afirma Dias, que também responde pela área de micro e pequenas empresas no banco.
Além dos recursos das instituições destinados diretamente aos financiamentos, o governo entra com a equalização do crédito --subsídio repassado aos bancos com os juros reduzidos.
BRINCADEIRA LUCRATIVA
As compras de brinquedos pela internet devem alcançar 20% do volume total comercializado neste ano no país, segundo dados da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
Em 2012, o canal de vendas representava 17% do mercado. No ano anterior, 1,7%.
"As lojas que vendem on-line são as mesmas das redes físicas, o que é ótimo, pois as empresas não precisam investir em metros quadrados para incrementar os resultados", diz Synésio Batista da Costa, presidente da entidade.
"O perfil do consumidor é o mesmo nos dois canais, a diferença está no ticket médio, que é maior nas compras on-line", diz Robério Esteves, diretor da Lego no Brasil.
para fora do papel
A construtora e incorporadora PDG irá lançar um loteamento em Ribeirão Preto (SP).
O anúncio do empreendimento será feito três meses depois de a empresa comunicar o cancelamento de 24 projetos e a revisão de outros 19.
Os produtos que estão sendo reanalisados são da área de incorporação. Os loteamentos costumam ter melhores margens de lucro, segundo a companhia.
O empreendimento de Ribeirão terá 397 lotes residenciais em uma área total de 310 mil metros quadrados.
