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Analistas recomendam manter ações

DE SÃO PAULO

Mesmo com a queda da Bolsa brasileira no ano, consultores recomendam que o investidor que já está no mercado mantenha suas ações.

Isso porque o prejuízo só se concretiza quando se vende um papel por um preço menor que o de compra. E, ao conservar a ação, o investidor não abre mão da chance de que o valor dela se recupere com o tempo.

Analistas afirmam, porém, que a perspectiva de retomada de preços na Bolsa do Brasil é de longo prazo --pelo menos cinco anos.

Já quem ainda não entrou no mercado acionário deve ser cauteloso na escolha.

"Nossa Bolsa, hoje, é suficientemente ampla para o investidor se posicionar em períodos de incertezas sem sofrer tanto ou até ganhar nesse cenário", diz Rodolfo Amstalden, analista da consultoria Empiricus Research.

O mais seguro, afirma, é a opção por papéis de grandes companhias que estejam entre os mais negociados.

"Essas empresas são mais conservadoras na sua gestão. É importante o pequeno investidor evitar ações da moda', que podem disparar num dia, mas derreter no outro."

As chamadas "small caps", empresas de menor porte e menos negociadas na Bolsa, também podem ser boa opção, mas exigem um entendimento melhor do mercado.

"Entre os setores, o de educação já cresceu muito, por isso os ganhos estão limitados. Por outro lado, os bancos têm se tornado mais atraentes, pois lucram com o aumento dos juros no país", afirma Amstalden.

Para Roberto Indech, estrategista da Rico Corretora, as ações do segmento de infraestrutura devem se valorizar nos próximos anos.

"O governo tem estimulado o desenvolvimento desse setor, agilizando leilões e direcionando investimentos, especialmente por causa da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016", diz.

PERSPECTIVAS

O próximo ano deve continuar negativo para a Bolsa brasileira, dizem os analistas, que, mesmo diante da queda em 2013, ainda acham a atual pontuação do Ibovespa, de 53.149 pontos, elevada.

"Um índice acima de 50 mil pontos não faz sentido em 2014, principalmente considerando o fim dos estímulos econômicos nos EUA, o que deve reduzir o volume de investimentos estrangeiros no Brasil", diz Amstalden.

Para Indech, a nova forma de cálculo do Ibovespa, que entra em vigor no ano que vem, deve reduzir a instabilidade do mercado, com a exclusão das ações que custam menos de R$ 1, como as da OGX, petroleira do empresário Eike Batista.

"Mesmo assim, não será suficiente para mudar a tendência desfavorável no curto prazo", afirma.


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