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Expectativa de acordo nos EUA faz Bolsas subirem

Avanço de negociação para elevar teto da dívida ajuda Bovespa a ter alta de 1,9%

Analistas apostam que paralisação americana adiará retirada de estímulos, o que favorece emergentes

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

A expectativa de um acordo sobre o aumento do teto da dívida americana fez as principais Bolsas mundiais subirem ontem.

Uma reunião entre o presidente Barack Obama e líderes do Congresso, marcada para a tarde de ontem, foi adida para dar mais tempo para que um consenso seja obtido.

De acordo com a CNN, o plano que está sendo discutido entre senadores republicanos e democratas prevê três pontos principais: elevação do teto da dívida até fevereiro de 2014; prazo até dezembro para um acerto sobre o Orçamento do atual ano fiscal (iniciado neste mês); e verba suficiente para o governo poder retomar suas atividades por mais três meses.

No entanto, não está claro se o projeto será aprovado pelos deputados republicanos (oposição), que têm maioria na Câmara dos Representantes --os democratas têm o controle do Senado.

As dúvidas, porém, não foram suficientes para tirar o fôlego dos mercados mundiais.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,42% e o S&P 500 teve valorização de 0,41%. No Brasil, o Ibovespa teve alta de 1,92%.

Na quinta, vence oficialmente a autorização de emergência para o governo continuar tomando empréstimos. Segundo o secretário do Tesouro, Jacob Lew, os cofres, até lá, estarão vazios.

Sem poder captar no mercado, restará ao governo o dinheiro da arrecadação de impostos, insuficiente para cumprir todos os seus compromissos. A falta de um acordo no Congresso tornaria um calote da maior economia global uma questão de dias (semanas, na melhor das hipóteses).

Na avaliação de economistas, apesar do risco que um calote americano representa para credores do mundo todo --inclusive do Brasil--, que investem em títulos dos EUA, a paralisação do governo do país pode ter um reflexo positivo nos mercados, especialmente emergentes.

A percepção é que o cenário fará com que o Fed (banco central americano) adie a redução dos recursos que injeta mensalmente (US$ 85 bilhões) na economia com a recompra de títulos públicos.

Isso seria bom para mercados de fora dos EUA, destinos de boa parte desse dinheiro.

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, destaca, porém, que, mesmo que um acordo seja aprovado nos EUA, o impasse já causou um desgaste na credibilidade do governo.

"Ficou claro que há um risco político no país e que o presidente Obama tem problemas de governabilidade."

CÂMBIO

No Brasil, o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, subiu 0,32%, a R$ 2,186. E o dólar comercial terminou o dia estável, a R$ 2,178.

Entre as 24 moedas emergentes mais negociadas, a maior alta em relação ao dólar foi a da Polônia: 0,47%.


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