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Comércio surpreende e altera previsões

Alta nas vendas do varejo em agosto foi de 0,9% em relação a julho, o sexto aumento mensal seguido neste ano

Dado faz economistas ponderarem que resultado da economia no 3º tri pode não ser tão ruim quanto o esperado

PEDRO SOARES DO RIO

Os estímulos do governo à compra de eletrodomésticos e a pressão menor da inflação impulsionaram as vendas do comércio varejista, que cresceram em agosto pelo sexto mês seguido e superaram as expectativas de analistas.

Os varejistas de todo o país venderam 0,9% a mais em agosto do que em julho, segundo o IBGE. O mercado esperava uma alta modesta --entre 0,1% e 0,3%.

Diante do desempenho favorável, especialistas já começam a refazer as projeções para o comércio e para o crescimento da economia brasileira neste ano, principalmente no terceiro trimestre, para o qual a maioria dos economistas prevê retração.

A LCA revisou para cima sua previsão de crescimento do comércio neste ano --de 4,1% para 5%. A consultoria afirma ainda que a melhora do varejo pode evitar queda do PIB no terceiro trimestre.

"Colocamos um viés de alta sobre nossas projeções para o PIB do terceiro trimestre, que, por enquanto, estão no terreno negativo, porém, podem ficar mais perto da estabilidade", diz a consultoria.

Segundo Aurélio Bicalho, economista do Itaú, dados já divulgados por alguns setores "sugerem que setembro foi positivo para as vendas no varejo, o que deve levar a um forte desempenho do setor no terceiro trimestre".

Diante do bom momento vivido pelo comércio e da estabilidade da indústria, diz, "diminui um pouco o risco de um resultado da economia no terceiro trimestre mais fraco do que projetamos". O Itaú prevê uma queda do PIB de 0,5% no terceiro trimestre, em relação ao segundo.

OTIMISMO MODERADO

Apesar da melhora, o comércio não terá um 2013 tão bom quanto 2012, quando as vendas avançaram 8,4%. Nos 12 meses encerrados em agosto, a alta acumulada nas vendas é de 5,1%.

Bicalho diz que o resultado menor neste ano acontece porque o varejo é afetado pela menor expansão da renda, pela confiança reduzida dos consumidores, pelos juros mais altos que em 2012 e pelo "ritmo moderado de crescimento do crédito".

"Esses fatores sugerem que o varejo tende a continuar em expansão nos próximos meses, mas em ritmo moderado e mais lento. O crescimento do varejo neste ano e no próximo tende a ser menor do que em anos anteriores."

EMPURRÃO

Para Aleciana Gusmão, técnica do IBGE, o destaque de agosto ficou com o crescimento das vendas dos supermercados. Isso, segundo ele, se deve ao comportamento dos preços em junho, julho e agosto, quando os alimentos tiveram deflação.

Já a LCA ressalta que o setor de eletrodomésticos "segue estimulado pelo programa Minha Casa Melhor". O projeto do governo dá crédito subsidiado para a compra de equipamentos para famílias beneficiadas pelo Minha Casa, Minha Vida.

Com esse cenário, a Rosenberg & Associados diz que "o Natal pode ser um pouco melhor que o inicialmente esperado" e cita que outro impulso em agosto veio do aumento das vendas de veículos, beneficiadas pelo IPI reduzido.


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