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Criação de emprego com carteira tem melhor setembro em 3 anos
Economia gera 211 mil vagas, com expansão em diversos setores
Serviço liderou criação de emprego com carteira assinada, seguido pela indústria de transformação
O número de novos empregos com carteira assinada aumentou em setembro, superando até as projeções mais otimistas de bancos e analistas para o desempenho do mercado formal de trabalho.
Foram criadas 211 mil vagas no mês passado, o melhor resultado para setembro em três anos --as previsões apontavam para a geração de cerca de 146 mil postos. Em setembro de 2010, houve geração de 247 mil vagas.
Historicamente, setembro é um mês em que o mercado de trabalho opera aquecido. De outubro a dezembro, esse cenário se inverte e as demissões ganham força.
Para o governo, o comportamento do emprego formal no mês passado significa uma "reação" na geração de vagas. Em julho, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) teve o pior resultado para o mês dos últimos dez anos, quando foram criados 61,7 mil postos.
Desde então, o país vem retomando o crescimento. Em agosto foram 142 mil novas vagas com carteira.
EXPANSÃO AMPLA
Para o ministério, o resultado foi positivo porque houve uma "expansão quase generalizada dos setores de atividade econômica".
Os destaques positivos foram para o setor de serviços, que foi responsável pela criação de 70,6 mil postos de trabalho; a indústria de transformação, com geração de 63,3 mil vagas; comércio, com 53,8 mil; e a construção civil, com 29,8 mil postos.
Na agricultura, houve perda de postos. O setor apresentou redução de 10,2 mil vagas. Para o governo, isso ocorreu por "fatores sazonais", não detalhados no estudo.
O cultivo de café foi o que mais contribuiu para a queda no emprego na agricultura, com perda de 18 mil vagas. No geral, o resultado só não foi pior porque alguns setores conseguiram aumentar a contratação, como no cultivo de uva (3.400 trabalhadores) e de cana de açúcar (2.400 postos com carteira).
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folha.com/no1357348