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Órgão quer mais liberdade para atuar em leilões de câmbio

Autoridade monetária mudou horário de anúncio para o fim do dia

DE BRASÍLIA

O Banco Central quer ter mais liberdade para administrar seu programa de oferta de dólares no mercado e, por isso, resolveu mudar o horário de anúncio dos leilões de câmbio, deixando a decisão para o final do dia, depois do fechamento do mercado.

A partir de agora, os leilões diários serão comunicados entre 19h30 e 20h30, e não mais às 14h30, como vinha sendo feito desde que o programa foi criado, em agosto.

Segundo um assessor, o banco avaliou que "é bom o comunicado sair fora do horário de mercado" porque ele sempre tem um potencial de repercussão nas operações.

Na prática, a mudança teve dois recados implícitos. De um lado, o BC quis dar uma pitada de incerteza na tentativa de frear apostas excessivas que fizeram a cotação variar muito num curto espaço de tempo nesta semana.

De outro, está preparando terreno para uma eventual redução na quantidade de dólar ofertada diariamente, caso considere necessário, sem que isso cause especulações.

Na avaliação do governo, quando o programa de leilões de câmbio foi lançado, a cotação do dólar ia apenas numa direção --de alta-- diante das incertezas nas políticas fiscal e monetária dos EUA.

CURTÍSSIMO PRAZO

Nesta semana, porém, o cenário no curtíssimo prazo mudou com o acordo do governo norte-americano com o Congresso para aumentar o teto da dívida e evitar o calote. Além disso, a discussão sobre quando serão reduzidos os estímulos à economia dos EUA ficou para 2014.

Segundo interlocutores oficiais, o programa de leilões de câmbio do BC está mantido até porque o cenário externo acalmou, mas ainda é incerto. Porém, avalia-se que o BC não pode ficar "refém" diante da mudança significativa no cenário nas últimas semanas. Daí a necessidade de ter mais flexibilidade.

A ideia do BC com o programa é "conter excessos" que podem ser para cima ou para baixo. Uma das possibilidades é o banco decidir reduzir, em seus anúncios, o volume diário ofertado ao mercado, de US$ 500 milhões de segunda a quinta-feira.

Depois que o real voltou a se valorizar em relação ao dólar, aumentaram as pressões para que o Banco Central diminua sua atuação no mercado cambial.

O banco faz questão de ressaltar que as operações de rolagens dos contratos de swap (equivalente à venda futura de dólar) não constam do programa diário de leilões. Segundo a Folha apurou, o BC pode ou não rolar integralmente esses contratos no início de cada mês de acordo com a demanda do mercado por proteção cambial. (VALDO CRUZ E SHEILA D'AMORIM)

BC não deve fixar câmbio, dizem ex-presidentes

folha.com/no1358261


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