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Pré-sal em leilão

Sem disputa, superconsórcio leva Libra

Expectativa inicial, de mais concorrência, foi frustrada, mas governo comemorou participação de 40% da Petrobras

Na TV, Dilma responde a críticos e afirma que leilão do pré-sal não pode ser considerado como privatização

VALDO CRUZ ENVIADO ESPECIAL AO RIO DENISE LUNA PEDRO SOARES DO RIO

Ao contrário das expectativas iniciais do governo, o maior campo de petróleo já descoberto no Brasil, Libra, no pré-sal da bacia de Santos, foi vendido ontem no Rio pelo valor mínimo: um bônus de R$ 15 bilhões e a devolução do equivalente a 41,65% do petróleo a ser produzido.

O leilão, maior concessão de infraestrutura já realizada no país, teve só um consórcio na disputa. Ao longo dos últimos dias, a equipe da presidente Dilma falava em pelo menos dois concorrentes.

Com a exploração das reservas gigantes, de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo, o governo espera atrair investimentos da ordem de R$ 200 bilhões nos 35 anos de concessão.

A gestão Dilma também espera contar com o pagamento dos R$ 15 bilhões de bônus para ajudar a fechar a meta de economia para pagar juros da dívida, mas eles não devem ser suficientes.

Além do pagamento inicial, em novembro, a exploração de Libra deve render à União R$ 1 trilhão em 35 anos.

Em pronunciamento, a presidente destacou que boa parte destes recursos vai para educação e saúde e afirmou que, por isso mesmo, o leilão de ontem "é bem diferente de privatização".

Embora as expectativas iniciais de concorrência e ágio tenham sido frustradas, o governo comemorou o fato de a Petrobras ter ficado com 40% do campo e de as estatais chinesas terem arrematado, juntas, apenas 20%.

Essa composição contradiz, dizem, o principal argumento de opositores do leilão: o de que o Brasil estaria entregando sua riqueza aos estrangeiros. Com essa crítica, cerca de 300 opositores protestaram na Barra da Tijuca, onde aconteceu o leilão. Ao menos 8 ficaram feridos.


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