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Renda avança, com desemprego em baixa

Rendimento médio do trabalhador cresce 1% em setembro; vaga com carteira também tem alta, afirma IBGE

Taxa de desemprego ficou em 5,4% no mês passado, a menor para o período desde o início da pesquisa, em 2002

PEDRO SOARES DO RIO

O mercado de trabalho apontou sinais de melhora em setembro, com crescimento da renda e da formalização, apesar de uma economia combalida diante de consumo mais fraco, crédito caro e escasso e confiança de empresários abalada.

Esses avanços, porém, vão na contramão de um pequeno aumento da taxa de desemprego, que alcançou 5,4% em setembro --índice historicamente baixo e o menor desde 2002 para o mês, segundo o IBGE. Em agosto, a taxa havia sido de 5,3%.

Dentre os sinais de melhora, a renda subiu 1% em setembro ante agosto e atingiu o maior valor (R$ 1.908, em média) desde o início da pesquisa do IBGE, em 2002.

Foi a segunda alta consecutiva e ocorreu graças à menor pressão da inflação nos últimos meses. Tal cenário evitou uma corrosão maior do poder de compra dos trabalhadores, após cinco meses de queda do rendimento, na esteira da alta dos preços.

"Se [a inflação] fosse zero, a renda teria subido mais, mas a desaceleração da inflação contribuiu para o avanço do rendimento nos dois últimos meses", afirmou Cimar Azeredo, do IBGE.

Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú, a própria taxa de desemprego em patamar baixo proporciona o aumento da renda, que se mantém em alta na comparação anual desde novembro de 2011 e registrou avanço de 2,2% ante setembro de 2012.

"Nesse quadro em que não há ociosidade, a renda continua se expandindo. A moderação da inflação também contribui para um crescimento maior da renda", disse.

A consultoria LCA ressalta que, além da inflação maior, os ganhos salariais foram mais modestos, como resultado de negociações entre sindicatos e empresas mais difíceis num ambiente de menor crescimento econômico.

Nos últimos meses, porém, a perda de fôlego da inflação ajudou a impulsionar o rendimento, diz a consultoria.

FORMALIZAÇÃO

Outra boa notícia foi a crescente formalização do mercado de trabalho. O emprego com carteira aumentou 1% em relação a agosto e 3,5% ante setembro de 2012 --o que corresponde, neste caso, a um acréscimo de 400 mil pessoas. Já as vagas informais caíram 2% e 10,2%, respectivamente, nessas mesmas bases de comparação.

Para Azeredo, do IBGE, o principal motivo é uma maior fiscalização do governo e a concessão de crédito vinculada à adequação das empresas ao cumprimento das leis trabalhistas. "Não temos abertura de vagas, mas os que estão no mercado de trabalho têm sido formalizados."

Ele disse que a ausência de contratações e a estabilização da taxa de desemprego revelam que "não há avanço em relação a 2012 em termos de redução da desocupação".


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