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Inflação alta incomodava, afirma Dilma
Presidente diz que alta dos preços, que chegou a 6,7% em junho, foi enfrentada "sem trégua" pelo governo
Depois de críticas do FMI na semana passada a políticas do governo, ela elogia 'boa gestão fiscal' da administração
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que a inflação esteve alta no início do ano, mas disse que o problema foi "enfrentado sem tréguas" e "com boa gestão fiscal" pelo governo.
"A inflação, que no início do ano se mostrava alta e incomodava a todos, foi enfrentada sem tréguas", disse Dilma em evento em São Paulo.
A inflação chegou em junho a 6,7% em 12 meses, ou seja, acima da meta da inflação, que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desde então, o índice perdeu parte da força e fechou o mês passado a 5,86%.
Em discursos anteriores, a presidente afirmou mais de uma vez que a inflação estava sob controle e que eram "pessimistas" as análises que mostravam o controle.
Segundo Dilma, a economia do Brasil "vai bem" mesmo com a crise econômica mundial e que o país "persegue incessantemente uma boa gestão fiscal".
"Nunca é demais lembrar que o Brasil tem apresentado sistematicamente um dos melhores desempenhos fiscais no mundo já ao longo de alguns anos", afirmou.
A declaração aconteceu menos de uma semana depois de o FMI ter criticado a política fiscal do governo.
"O excessivo microgerenciamento na política fiscal enfraqueceu a credibilidade do modelo fiscal de longo prazo", disse o Fundo, citando estímulos tributários adotados pelo governo e as manobras usadas para fechar as contas do superavit fiscal.
A presidente destacou ainda a baixa taxa de desemprego, a atividade do mercado interno e a redução dos índices de inadimplência no país para manter a economia aquecida neste ano.
"Nós vencemos a inflação, estabilizamos as contas públicas, pagamos a dívida externa, saímos da supervisão do Fundo Monetário e emergimos neste século como uma das maiores economias do planeta", afirmou Dilma.
LEILÃO DE LIBRA
A presidente disse que foi um "sucesso" o leilão realizado na semana passada do campo de Libra, na área do pré-sal, em que houve apenas um consórcio disputando e foi pago o valor mínimo pela área, sem ágio.
Ela chamou de "forte e eficiente" o consórcio formado por Petrobras, duas estatais chinesas e as europeias Shell e Total. "Competência tecnológica e recursos financeiros são a marca desse consórcio."
