Folha de S.Paulo

Mercado aberto

Construtora aloca mais investimentos fora de SP

A Construtora Adolpho Lindenberg ruma para o interior e o litoral do Estado de São Paulo.

Dos cerca de R$ 270 milhões em investimentos nos quatro lançamentos que a construtora fará até o final deste ano, apenas R$ 40 milhões aproximadamente serão destinados à capital.

"A ideia hoje é diversificar porque a aprovação [de um projeto] na cidade de São Paulo é lenta e complicada. O Plano Diretor está sendo modificado e fomos para o interior", diz o diretor Adolpho Lindenberg Filho.

"Na capital de São Paulo, demora 15 meses. Em Piracicaba, leva 90 dias", afirma o empresário. Em Santos, o alvará de execução sai em cerca de oito meses, acrescenta Lindenberg Filho.

"A gente tem de comprar o terreno, demora 15 meses para aprovar e não sabe a que preço vai lançar, pois é tudo muito dinâmico. O risco é muito grande."

Em Santos, foram investidos cerca de R$ 157 milhões em dois empreendimentos.

Em Piracicaba, mais R$ 80 milhões. A área de lazer de alguns projetos subiu para a cobertura dos edifícios.

"Temos buscado diferenciais, sair do comum do que já estão lançando, ao colocar a área comum com vista para o mar, no alto do prédio, em vez de ter cobertura."

Na capital, a empresa ergue um residencial no Tatuapé (zona leste). Outra preocupação da construtora é com a escolha do terreno.

"As pessoas estão mais seletivas. Acho que vai sobrar muito imóvel residencial de 50 m² não muito bem localizado. Vai levar um tempo para absorver tudo isso."

Participação de pequenas empresas em licitações cresce

As vendas das micro e pequenas empresas para o governo federal se expandiram 54% nos oito primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2012, segundo o Sebrae.

Dos R$ 35,8 bilhões gastos pelo governo até agosto, R$ 10,5 bilhões foram fechados com o segmento (29,2%).

A presença dessas companhias nas licitações vêm subindo desde 2006 --ano de instituição da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que facilita a participação delas nas concorrências.

"Parte desse incremento se deve ao cumprimento da lei, que determina a participação dos pequenos negócios nas licitações de até R$ 80 mil", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto

"Temos orientado empresários para aproveitarem os incentivos da lei."

Municípios também têm adotado a regra. Eram cerca de 1.500 prefeituras até o início deste mês.

FAMÍLIA DIVERSIFICADA

Diversificar os negócios é a principal estratégia adotada pelas empresas familiares que deveria ser copiada por outras companhias.

A análise é de Nicolas Kachaner, sócio sênior do BCG (Boston Consulting Group) em Paris e diretor global da consultoria na área de negócios de família.

Kachaner analisou companhias com receitas superiores a US$ 1 bilhão e concluiu que as familiares têm performances melhores no longo prazo.

Dessas, 46% haviam entrado em outros segmentos que não o original. Entre as não familiares, a parcela era de 20%.

"Grupos não controlados por famílias mas que diversificaram as áreas de atuação tiveram resultados semelhantes aos familiares."

Trabalhar em segmentos diferentes pode proteger o patrimônio das companhias durante uma recessão.

A postura mais conservadora das empresas de família também favorece resultados positivos, diz o executivo.

"Essas empresas são mais preocupadas com a possibilidade de fatos ruins ocorrerem. Ter isso em mente faz com que elas atinjam resultados melhores em tempos difíceis, pois estão bem preparadas para crises."

46%
das empresas familiares diversificaram seus negócios

20%
do outro grupo analisado tem atuação em outras áreas que não a de origem

escritório feminino

Homens da chamada geração Y estão mais propensos a aceitar um ambiente corporativo feminino, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Mazars.

Dos 750 executivos entrevistados, 57% aceitam a liderança feminina.

Quando questionados sobre a preferência, 33% optariam por ter homens como chefes, enquanto 10% prefeririam ser gerenciados por profissionais mulheres.

O estudo revelou ainda que 70% dos homens estão dispostos, ao menos por um tempo, a abrir mão da carreira para se dedicarem aos filhos.

NÚMEROS EM 60 PAÍSES

68%
dos entrevistados não veem diferença em serem chefiados por homens ou mulheres

52%
dos entrevistados nunca se sentiram ameaçados por mulheres em seu ambiente de trabalho

14%
confessaram preferir ter equipes de trabalho eminentemente femininas

8%
preferem ter funcionários homens

Anuário... O número de processos nos Juizados Especiais Federais do Estado de São Paulo passou de 166.000, em 2011, para 162.000, em 2012. Em 2009, a quantia era de 199.000, ante 215.000 ações no ano anterior.

...da Justiça O tempo médio para o julgamento de um processo, que antes demorava até quatro anos, caiu para um ano. Os dados estão no anuário da Justiça Federal 2014, que será lançado hoje.

Cozinha europeia A Vapiano, rede de culinária mediterrânea, abrirá sua primeira loja em São Paulo, em 2014, no Itaim Bibi. A marca pretende se instalar ainda em Moema, Alphaville e Portal do Morumbi.