Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sindicato de auditores afirma temer intimidação da Fazenda

Corregedoria investigará suposta ingerência externa no órgão

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

O Sindifisco Nacional, entidade que representa os auditores fiscais, considera que a investigação da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda sobre as razões da saída de Caio Marcos Cândido da direção da Receita Federal é uma tentativa de intimidá-lo e evitar novas críticas.

A corregedoria abriu processo para apurar as afirmações do ex-subsecretário de Fiscalização da Receita, que deixou o cargo reclamando de "influência externa" em decisões do fisco.

O caso foi revelado pela Folha, há três semanas.

Aberto pela corregedora da Fazenda, Fabiana Vieira Lima, o processo é sigiloso. Mas a Folha apurou que Cândido deve ser chamado nos próximos dias para explicar o conteúdo de sua mensagem.

Se o depoimento apontar indícios de "influência externa" na Receita, a corregedoria terá de abrir uma sindicância para investigar as acusações.

Caso o ex-subsecretário não possa sustentar suas afirmações, ou voltar atrás, poderá sofrer punição.

Para o sindicato dos auditores, é difícil provar a ingerência externa, pois isso seria subjetivo.

A saída do ex-subsecretário escancarou a insatisfação do corpo da Receita com medidas adotadas pelo governo para aliviar a situação de grandes devedores.

Nos últimos dois meses, Brasília concedeu benefícios para grandes empresas abaterem impostos atrasados e no momento estuda reduzir a tributação sobre os lucros de multinacionais brasileiras no exterior.

A corregedoria da Fazenda foi criada em junho e está diretamente ligada ao gabinete do ministro Guido Mantega. No papel, seus funcionários possuem autonomia para investigar os colegas mais graduados, de todos os órgãos vinculados à pasta.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página