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BlackBerry desiste de venda e anuncia troca de seu CEO
Em crise, empresa canadense fará injeção de capital de US$ 1 bilhão; ações despencam
A BlackBerry anunciou ontem que desistiu de seu plano de venda e anunciou a saída de seu presidente-executivo, Thorsten Heins.
O movimentou levou as ações da empresa canadense, que já liderou o mercado de telefonia celular, a desabar 16,4% na manhã de ontem para seu pior patamar em dez anos, US$ 6,50.
Um consórcio liderado pela Fairfax Financial, maior acionista da BlackBerry, informou ainda que investirá US$ 1 bilhão no grupo, substituindo com essa injeção de capital a proposta de US$ 4,7 bilhões para comprar a empresa feita há seis semanas.
A decisão de não vender a empresa agora teve impacto negativo entre potenciais futuros compradores, que temem que a proposta da Fairfax careça de fundos para ser cumprida e que toda a história seja uma farsa.
Com as mudanças, John Chen, veterano da indústria da tecnologia, assume o posto de presidente-executivo.
Com a captação, a BlackBerry anunciou o fim da revisão de suas opções estratégicas, iniciada em agosto, quando ficou claro que a aposta no lançamento do aparelho Z10 e seu novo sistema operacional fracassara.
Heins, o presidente-executivo (CEO) que deixa o cargo, substituíra Mike Lazaridis, cofundador da empresa, e Jim Balsillie no início de 2012, mas não conseguiu estancar a perda de usuários para rivais como Apple e Samsung.
Analistas de mercado reagiram com ceticismo ontem, afirmando que, embora a injeção de capital compre algum tempo para a BlackBerry, não elimina a necessidade de a empresa rever seus rumos.
Chen, o novo CEO, tem 58 anos e nasceu em Hong Kong. Antes de assumir a BlackBerry, passou pela fabricante de softwares Sybase, onde reverteu uma crise.