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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Venda de máquinas caminha para recorde

A agricultura brasileira nunca comprou tanta máquina. Os números deste ano já superam os de todo 2012.

O patamar atual de vendas indica que o setor vai superar o bom volume dos anos de 1970. Naquela década, os produtores avançavam sobre as áreas do Centro-Oeste, pouco utilizadas.

A indústria vendeu 56,8 mil tratores no mercado interno até outubro, 20% mais do que em igual período de 2012. Esse número supera as 55,8 mil unidades de janeiro a dezembro de 2012.

Este ano se destaca, ainda, pela boa demanda por colheitadeiras. As indústrias venderam 6.381 unidades até outubro, 43% mais do que em igual período anterior.

O recorde de vendas internas de tratores é de 1976, quando foram comercializadas 62,7 mil unidades. Com média de 5.500 unidades ao mês neste ano, a venda de 2013 poderá superar as 65 mil.

O recorde de colheitadeiras também deverá ser superado. O anterior é de 1986 --6.544 unidades.

No ritmo médio atual de 638 unidades por mês, as vendas deste ano deverão superar as 7.500 unidades.

A pergunta do setor é: como será 2014? Boa parte dos motivos que levaram o setor ao recorde poderá não persistir em 2014.

Após uma "safra cheia" nos Estados Unidos e anúncio de boa safra na América do Sul, os preços não permanecerão no patamar atual.

O custo de produção neste ano veio mais forte do que no anterior, o que diminuirá a rentabilidade do produtor.

Um dos pilares das vendas de máquinas neste ano, o programa de incentivos do governo para o setor já perde força e poderá não continuar em 2014.

De alento às indústrias fica a busca do produtor por equipamentos cada vez mais sofisticados e que elevem a produtividade.

Safra e áreas serão recordes, e uma alta do dólar colocará mais reais no bolso do produtor, embora o custo também suba.

Finalmente, 2014 é um ano eleitoral. É provável o governo, para não perder o apoio da agricultura, mantenha parte dos juros subsidiados. Além disso, os chineses ainda não pisaram no freio na compra de alimentos.

Queda no mês As exportações mundiais de café recuaram para 7,8 milhões de sacas em setembro, 5% menos que em igual mês de 2012.

Alta no ano O acumulado de outubro de 2012 a setembro de 2013, no entanto, subiu para 110,2 milhões de sacas, 2,3% mais do que em igual período anterior, segundo dados da OIC (Organização Internacional do Café).

Robusta O Vietnã, principal produtor mundial de café conilon, colocou 20 milhões de sacas no mercado. Indonésia, Tanzânia e Uganda também elevaram as vendas.

Novos mercados Uma delegação da Abiec e da Ubabef (exportadores de carne) está na Ásia. O objetivo é agregar mercados ainda pouco representativos para o produto brasileiro.

Em alta A produção de pintos de corte atingiu 4,11 bilhões de janeiro a agosto, 2,2% mais que em igual período anterior, diz a Apinco (associação dos produtores). O Paraná lidera, com 1,11 bilhão.

Dificuldades O preço médio do biodiesel nos leilões deste ano, de R$ 2,08 por litro, foi o menor desde a criação do programa, segundo a Abiove (associação das indústrias de moagem).

Ociosidade A queda é atribuída à boa safra de soja, à maior disponibilidade global de óleos vegetais e à ociosidade nas indústrias nacionais de produção desse óleo.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Frango
(R$ por quilo)2,50

Boi
(R$ por arroba)108,00

Chicago

Soja
US$ por bushel)12,64

Trigo
(US$ por bushel)6,63


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