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Pirelli deve investir até 2017 no país R$ 1 bilhão

Estratégia é aumentar fatia de pneus premium, de maior rentabilidade

Fatia do Brasil e da América Latina nos resultados do grupo, porém, deve cair nos próximos quatro anos

LUCIANA DYNIEWICZ ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

A participação do Brasil e da América Latina nos resultados da fabricante italiana de pneus Pirelli irá diminuir até 2017. Hoje responsável por 45% do resultado operacional (Ebit) da companhia, a região deverá contribuir com 35% dentro de quatro anos.

"[A receita] vai continuar crescendo, mas menos, assim como a economia do Brasil", disse ontem em Londres o presidente da companhia na América do Sul, Paolo Dal Pino, após apresentação do plano industrial da empresa para o mercado financeiro.

O custo Brasil, principalmente o da mão de obra, a inflação e a concorrência com importados asiáticos, além da volatilidade do real, afetarão o grupo, que trabalha com um câmbio ao redor de R$ 2,45 em 2017.

A retirada de estímulos por parte do governo, como o fim do Reintegra (que estimula as vendas externas e expira em 31/12), também deve prejudicar a Pirelli.

Cerca de 70% das matérias-primas dos pneus são pagas em dólar. Dal Pino projeta que a desvalorização do real terá um impacto negativo de US$ 200 milhões nas operações da companhia na América do Sul neste ano.

Apesar desse cenário, o presidente da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, afirmou que continua vendo o Brasil como uma oportunidade.

A empresa investirá cerca de R$ 1 bilhão no Brasil nos próximos quatro anos, principalmente em novos equipamentos, para aumentar o volume de pneus premium, que têm maior rentabilidade.

Hoje, 23% do total fabricado no país se enquadra nessa categoria. A meta é alcançar 35%, com o impulso da instalação de fábricas de carros de luxo no Brasil --BMW, Audi e Mercedes-Benz-- deve colaborar para alavancar o segmento, afirmou o chefe de operações na América Latina, Gianfranco Sgro.

O grupo investirá € 1,6 bilhão em todo o mundo até 2017 e poderá vender até € 150 milhões em ativos, incluindo parte da unidade de cabos de aço para pneus (SteelCord), que tem fábrica em Sumaré (SP).


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