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Juro do cheque suplanta o 'efeito Dilma'

Taxa média fica em 8,25%, a maior em 17 meses, e volta a patamar que se seguiu a política para baixar juros

Ciclo recente de aperto monetário contribui para aumento de custo das linhas de crédito, dizem economistas

VIVIAM NUNES DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

A taxa média de juros do cheque especial ficou em 8,25% ao mês no início de novembro, a maior desde junho de 2012 (8,36%), segundo dados do Procon-SP.

O resultado mostra que os juros da modalidade já estão próximos aos cobrados no início da política do governo Dilma para reduzir os custos do crédito.

Em abril de 2012, por exemplo, quando o Banco do Brasil iniciou o movimento de redução dos juros, o resultado foi uma taxa média de 8,46% (maio de 2012, referente a abril), ante 9,52% no mês anterior, segundo dados do Procon-SP.

Depois de caírem para uma média de 7,92% no começo deste ano, os juros recomeçaram a subir neste semestre. Os números do levantamento, feito com os sete maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Safra e Santander), referem-se às taxas praticadas pelas instituições no mês anterior.

Em todas as sete instituições avaliadas houve aumento do juro do cheque.

A menor taxa cobrada, de acordo com o levantamento de novembro, foi de 4,41% ao mês (Caixa), e a maior, de 10,59% ao mês (Santander). O banco afirmou que sua taxa "é adequada às condições diferenciadas do produto".

JURO BÁSICO

Para economistas ouvidos pela Folha, o aumento de taxas como a do cheque especial é efeito da alta recente do juro básico, a Selic, que passou de 7,25% ao ano em março para 9,50%, com perspectiva de aumento para 10% até o fim de 2013.

"Quando o governo aumenta o juro básico, é justamente prevendo esse tipo de consequência", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

"Além disso, os bancos estão embutindo no cálculo de avaliação de risco de calote de consumidores a projeção de crescimento menor da economia, que pode comprometer a capacidade de pagamento." Na avaliação de Perfeito, porém, a inadimplência, hoje, está em níveis relativamente baixos.


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