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Frigoríficos privilegiam exterior, e carne sobe

Estimulada pelo câmbio, estratégia resultou em menor oferta no país e preços mais altos

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

Estimulados pela valorização do dólar, os principais frigoríficos brasileiros privilegiaram as exportações no terceiro trimestre, em detrimento do mercado interno.

O resultado foi uma melhora no balanço operacional, mas também preços mais altos ao consumidor. Em outubro, a carne foi apontada como um dos vilões da inflação.

"Com a alta na demanda externa, houve maior equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno", disse Sergio Rial, principal executivo do grupo Marfrig.

As exportações de carne "in natura" da Marfrig, que representa cerca de 13% do total vendido pelo Brasil, subiram 60% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Com o direcionamento de mais carne para o exterior, o volume de vendas no mercado interno caiu 6%. Ao mesmo tempo, os preços no país aumentaram 13%.

No Minerva, terceiro maior frigorífico do país, as exportações de carne "in natura" cresceram 40% ante o terceiro trimestre de 2012.

"O Brasil ganha competitividade não só pelo câmbio mas também pelo modelo de produção, menos dependente do preço dos grãos, e pela menor oferta dos rivais externos", diz Fernando de Queiroz, presidente do Minerva.

A JBS, líder em abate no país, registrou um aumento de R$ 24 bilhões na receita total, alta de 25% ante o terceiro trimestre de 2012. As exportações da divisão Mercosul subiram 28%. Segundo a empresa, o desempenho foi "parcialmente influenciado pela desvalorização de 9% do real em relação ao dólar ante o terceiro trimestre de 2012".

Mas, se por um lado o câmbio favoreceu o resultado operacional, por outro ele causou mais despesas financeiras aos frigoríficos, influenciando a linha final do balanço.

O Marfrig continuou apresentando prejuízo, de R$ 194 milhões no trimestre, e o Minerva lucrou R$ 1,4 milhão, queda de 93% ante o segundo trimestre de 2012. Já a JBS viu o seu lucro cair 35%, para R$ 219 milhões.


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