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Ações em queda afetam lucro do BNDES

Ganhos recuam 19,2% no 3º trimestre, sob influência de perdas com papéis de empresas que a instituição possui

No acumulado dos três primeiros trimestres, lucro da instituição de fomento sobe 3,5%, para R$ 4,9 bilhões

(DENISE LUNA) DO RIO

O lucro do BNDES, banco de fomento do governo brasileiro, cresceu apenas 3,5% nos primeiros nove meses do ano e somou R$ 4,9 bilhões, diante do impacto negativo do fraco desempenho do mercado de ações.

De julho a setembro, o banco lucrou R$ 1,6 bilhão, ante R$ 2 bilhões no mesmo período de 2013 --queda de 19,2%.

Segundo o chefe do departamento de contabilidade do banco, Carlos Frederico Rangel, a redução no trimestre ocorreu em razão da base de comparação mais elevada no mesmo período do ano passado, quando a crise do mercado de capitais não havia se agravado --o que ocorreu a partir do quarto trimestre.

"Tivemos uma pequena redução no mercado de renda variável [ações] neste ano. O mercado de renda variável começou a entrar em um processo de depressão no fim do exercício de 2012. Fizemos também algumas vendas pontuais de títulos no ano passado que elevaram as operações de tesouraria [área responsável pelas aplicações do dinheiro em caixa]."

Ele afirmou também que não houve impacto das empresas de Eike Batista no balanço. "Nossa exposição é mínima nesse caso", afirmou.

O desaquecimento do mercado de capitais de janeiro a setembro fez com que o banco registrasse queda de 24% nas suas aplicações em renda variável em relação a 2012, para R$ 762 milhões. Esse segmento representou 7,6% do resultado.

Apesar de modesto, o aumento de 3,5% nos primeiros nove meses do ano ficou em linha com o desempenho do Bradesco, cujo lucro no mesmo período cresceu 4,6%, mas bem abaixo do Itaú nessa comparação (+12,8%) e do Banco do Brasil (+55%).

FINANCIAMENTOS

Antes das despesas, o resultado de todos os segmentos do banco atingiu R$ 10 bilhões, com os financiamentos representando 74,3% do resultado total --ou R$ 7,5 bilhões. No ano passado, os financiamentos de janeiro a setembro deram um retorno de R$ 6,8 bilhões.

O resultado do segmento de tesouraria neste ano foi de R$ 1,6 bilhão, ou 15,9% do total, ficando no mesmo patamar nos primeiro nove meses do ano anterior (R$ 1,5 bilhão).

A redução da provisão para risco de crédito no período também contribui para obter um resultado positivo, somando uma receita de R$ 225 milhões, ante uma despesa de R$ 417 milhões no mesmo período do ano anterior.

Segundo o BNDES, o banco tem a menor taxa de inadimplência do mercado, de apenas 0,02% de sua carteira de crédito.

O banco destacou que o lucro foi obtido mesmo após a redução da remuneração dos seus empréstimos, seguindo a política do governo de estimular o setor produtivo.


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