Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Futura chefe do Fed agrada ao mercado

Eleita de Obama para assumir BC dos EUA em fevereiro, Janet Yellen é sabatinada no Senado e apoia estímulos

Oposição republicana elogia acadêmica, que, se aprovada, será a primeira mulher a comandar instituição

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O banco central dos EUA fará todo o possível para promover uma "forte recuperação da economia", disse Janet Yellen, 67, nomeada por Barack Obama para suceder Ben Bernanke à frente do Federal Reserve quando ele deixar o cargo, em 31 de janeiro.

Na falta de detalhes, a declaração feita ontem em sabatina no Senado foi interpretada pelo mercado como defesa da política de injetar bilhões na economia do país.

"Concordo que esse programa não pode continuar para sempre, e há custos e riscos associados a ele", afirmou Yellen aos senadores.

As Bolsas americanas fecharam em alta, assim como no Brasil. A Bovespa registrou o maior avanço diário em dois meses, 2,34%, e o dólar à vista recuou 0,57% em relação ao real, para R$ 2,320.

O Fed recompra mensalmente US$ 85 bilhões em títulos do Tesouro --na prática, imprimindo mais dólares. Bernanke esperava começar a reduzir o valor no final deste ano se a economia desse sinais de melhora sustentável, o que ainda não aconteceu.

O fato de não haver data para encerrar o programa preocupa emergentes como o Brasil, que perderiam o investimento conquistado com o excesso de dólares nos EUA.

"O desemprego recuou do pico de 10,2% em 2009, mas em 7,3% ainda está muito alto, refletindo um mercado de trabalho e uma economia com desempenho aquém do potencial", afirmou Yellen.

As perguntas dos senadores, em sua maioria, não a pressionaram a dar detalhes da política que pretende seguir. Mesmo a oposição republicana ficou entre elogios e metáforas sobre a dependência do país de estímulos.

As perguntas mais duras vieram da governista Elizabeth Warren, a senadora mais à esquerda, que questionou o papel do Fed na crise de 2008.

Sem concordar, a sabatinada ressaltou a importância do Fed na regulamentação. Se confirmada pelo Senado, Yellen será a primeira mulher a presidir o BC dos EUA.

Leia sobre reação do mercado

folha.com/no1371589


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página