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Desemprego recua mesmo com ritmo lento da economia

Taxa em outubro ficou em 5,2%, o melhor resultado para o mês desde o início do levantamento do IBGE, em 2002

Em sinal negativo para o mercado de trabalho, cresce fatia que não tem emprego, não estuda e não procura ocupação

PEDRO SOARES DO RIO

Os juros mais altos, a freada do consumo e a confiança reduzida de empresários não se traduziram ainda em demissões e a taxa de desemprego se manteve outubro em nível historicamente baixo.

A taxa ficou em 5,2% em outubro, inferior aos 5,4% de setembro, segundo o IBGE. Em outubro do ano passado, o índice foi de 5,3%.

Trata-se da menor marca para outubro desde o início da pesquisa do IBGE, em 2002, e do mais baixo índice neste ano.

O emprego, porém, já não mostra o mesmo vigor de meses e anos anteriores e cresce numa intensidade mais moderada. De setembro para outubro houve estabilidade em 23,3 milhões de pessoas na população ocupada.

Também não houve variação expressiva na comparação com outubro de 2012.

Outro dado negativo é que começam a surgir sinais de falta de procura por trabalho especialmente entre a população jovem.

A pesquisa mostra que mais pessoas partiram para a inatividade, que cresceu 3,5% ante outubro de 2012.

"A população inativa é composta por jovens e idosos, que não trabalham, não estudam e não procuram [vaga]. Boa parte dessa população tem idade de 18 a 24 anos, mas não posso atribuir isso [o aumento na inatividade] integralmente a esse contingente", disse Adriana Beringuy, técnica do IBGE.

O emprego só não está mais frágil porque ramos como comércio e serviços, que geram proporcionalmente muitos postos de trabalho, têm nos últimos meses crescido acima das expectativas.

CENÁRIO PESSIMISTA

De todo modo, com o fraco crescimento da economia previsto para este ano (2,5%) e uma expansão em ritmo similar em 2014, as expectativas apontam para uma deterioração do mercado de trabalho ao longo do próximo ano.

Um dos indicadores que já sinalizam piora é a renda.

De setembro para outubro, o rendimento, estimado em R$ 1.917,30, caiu 0,1%. Na comparação com outubro de 2012, houve expansão de 1,8%, numa taxa inferior à de meses anteriores.

Em relatório, a consultoria Rosenberg & Associados diz que "os custos muito elevados para demissão e o mercado de trabalho ainda relativamente aquecido, que levariam a dificuldades e maiores preços para contratação em caso de retomada econômica, têm conseguido evitar uma taxa de desemprego mais alta".


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