Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vencedor de Confins tinha fôlego para mais

Executivo de aeroporto de Zurique diz que consórcio poderia oferecer mais que R$ 1,8 bi para garantir vitória no leilão

Operadores privados assumirão concessão em março, mas comando será da Infraero nos primeiros seis meses

DE SÃO PAULO

Se o lance da Odebrecht para o aeroporto do Galeão extrapolou todas as análises e projeções de retorno de investimento, a proposta vencedora da CCR para Confins, em parceria com os operadores de Zurique e Munique, no valor de R$ 1,82 bilhão, ficou abaixo do limite estipulado pelo próprio consórcio.

Batizado de Aero Brasil, o consórcio havia feito a maior proposta inicial por Confins (R$ 1,4 bilhão), mas teve que disputar três rodadas de lance com o consórcio formado pela Queiroz Galvão e pela espanhola Ferrovial.

"Teríamos ido um pouco mais além se fosse preciso", disse o diretor de negócios internacionais da Flughafen Zürich, Martin Fernandez.

"Foi um lance final realista e justo. Confins tem grande potencial em carga e passageiros, e o projeto de modernização do aeroporto conta com o apoio crucial do governo local", completou.

Confins era a última oportunidade para a CCR entrar no setor de aeroportos no país.

Sociedade dos grupos Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, com negócios em concessões de rodovias, a CCR era, até a realização do primeiro leilão de aeroportos, o único operador brasileiro privado do setor. Mas seus ativos estão todos no exterior: em aeroportos de Costa Rica, Equador e Curaçao.

A CCR é controladora do consórcio vencedor, com 75% do capital. Zurique tem 24%, e Munique, 1%. Eles vão deter a concessão de Confins por 30 anos.

O diretor da CCR Leonardo Vianna disse que uma das prioridades será atrair mais voos internacionais para que os mineiros não precisem ir ao Rio ou a São Paulo para viajar para o exterior.

A gestão privada de Confins e Galeão começa oficialmente no dia 17 de março, menos de três meses antes da abertura da Copa do Mundo. Os primeiros seis meses serão de transição, com a Infraero no comando.

"É melhor que a transição ocorra depois da Copa, para evitarmos problemas operacionais", disse o presidente da Anac, Marcelo Guaranys. "Na transição, a Infraero continua a frente, mas com as regras da iniciativa privada."

Segundo ele, o contrato prevê melhorias para os primeiros 30, 60 e 90 dias, como a instalação de novo sistema de placas e sinalização, reforma de banheiro e wi-fi.

O ministro Moreira Franco, da Aviação Civil, afirmou que é cedo para falar em novas concessões. "É hora de pensar em melhorar a gestão da Infraero nos aeroportos que vão continuar com ela."

Ele afirmou que a estatal deve realizar uma licitação no ano que vem para contratar a consultoria de um operador privado para melhorar a gestão dos aeroportos remanescentes.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página