Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Especial 13º/Previdência

Tesouro Direto é opção para aposentadoria

Um erro comum é só escolher títulos com vencimento próximo ao da data em que se pretende deixar de trabalhar

Venda pode ser feita antes do prazo, mas o valor pago pode ser inferior ao negociado no momento da compra

DA EDITORA-ASSISTENTE DE "MERCADO"

Comprar títulos públicos do governo federal é uma boa opção também para quem está pensando na aposentadoria. No entanto, um erro comum dos investidores nesse caso é só adquirir papéis com vencimento próximo ao da data em que pretendem deixar de trabalhar.

"Não é porque você tem um horizonte de 30 anos [para o resgate] que precisa comprar um papel de 30 anos", afirma o consultor financeiro Marcelo d'Agosto, ressaltando que basta reinvestir o dinheiro recebido ao escolher papéis com prazo menor. Na sexta-feira passada, o título à venda com vencimento mais distante chegava a 2050.

De acordo com o último balanço, 29,1% dos R$ 10,7 bilhões de títulos em estoque no Tesouro Direto têm prazo superior a dez anos. Desse total, 65,4% são indexados à inflação, logo o consumidor já consegue prever o ganho real.

E, para quem está pensando no longo prazo, é melhor evitar os papéis com cupom de juros, valor pago por alguns títulos semestralmente. Mesmo se o objetivo for reinvestir esse dinheiro, o consumidor já sai perdendo porque só vai reaplicar o montante líquido, ou seja, já descontados impostos e taxas devidos.

Outra dica é diversificar a carteira dentro do próprio Tesouro Direto, distribuindo o dinheiro entre vários papéis.

Como em qualquer outro investimento, a disciplina é fundamental. Para aqueles que têm dificuldade em separar um valor fixo todos os meses e sucumbem à tentação de gastar, é possível agendar a compra de um título pelo período que desejar.

Ao enxergar uma aplicação mais vantajosa, Michael Viriato, professor de finanças do Insper, até sugere investir mais dinheiro do que o programado mensalmente, mesmo que, para compensar o "aperto", fique um tempo sem novas aplicações.

VENDA ANTECIPADA

Os títulos podem ser vendidos todas as quartas-feiras. Vale ressaltar que o rendimento acordado na hora da compra só é garantido aos que ficam com o papel até o vencimento. Na venda antecipada, o valor será o preço negociado no momento.

A rentabilidade muda ao longo do período porque o preço oscila de acordo com as expectativas dos agentes financeiros para as taxas de juros. Um aumento na Selic em relação à taxa vigente quando o título foi adquirido fará com que o papel tenha uma rentabilidade inferior àquela da compra.

Quanto maior o prazo para o vencimento, mais sensível é o preço do título às alterações nas taxas de juros.

Para decidir se o Tesouro Direto é uma boa opção, é preciso incluir no cálculo custos como o do Imposto de Renda. Na simulação na página B5, as contas consideraram rendimentos constantes em todo o período nas diversas aplicações apenas para facilitar o entendimento. Sempre vale lembrar que rentabilidade passada não é garantia de ganho futuro.

E não adianta esperar que o gerente lhe apresente o Tesouro Direto. O objetivo desse profissional é vender produtos do banco. O ganho ao pesquisar outras opções é o que vai pagar o seu esforço.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página