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Dilma diz que alta do PIB em 2012 será revista, para 1,5%

IBGE mudou metodologia para serviços, mas não divulgou a revisão oficial

Declaração foi dada a jornal espanhol, a quem presidente também afirmou que governo não vai cortar gastos

DE BRASÍLIA

O crescimento do Produto Interno Bruto no ano passado, estimado inicialmente em 0,9%, foi revisado para 1,5%, segundo a presidente Dilma Rousseff. A declaração foi dada em entrevista ao jornal espanhol "El País".

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pelo cálculo do dado oficial, não divulgou ainda uma revisão.

"Nesta semana resolveram reavaliar o PIB. E o PIB do ano passado, que era 0,9%, passou para 1,5%. Nós sabíamos que não era 0,9%, que estava subestimado o PIB. Isso acontece com outros países também. Os Estados Unidos sempre revisam seu PIB", disse a presidente em entrevista concedida na segunda-feira e publicada ontem.

"Agora nós, neste ano, vamos crescer bem mais do que 1,5%", acrescentou Dilma.

ESTIMATIVA

Após a divulgação da entrevista, o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, disse, em nota, que Dilma fez "estimativa do valor da revisão do PIB de 2012 com base em estudos preliminares do Ministério da Fazenda".

"Segundo as informações prestadas pelo Ministério da Fazenda à Presidência, estão em curso no IBGE estudos sobre o setor de serviços que poderão concluir por uma revisão do indicador do PIB do ano passado", afirmou.

O IBGE alterou neste ano a metodologia de cálculo do setor de serviços. A mudança constará do resultado do PIB do terceiro trimestre, que sai em 3 de dezembro. Na mesma data, o órgão revisará os dados desde o início de 2012.

Ainda que a revisão mencionada por Dilma seja confirmada, o desempenho do PIB no ano passado seguirá sendo o pior desde 2009 (quando a economia sofreu contração de 0,3%). Em 2010, cresceu 7,5%, e, em 2011, 2,7%.

SEM CORTES

Na entrevista, Dilma refutou, ainda, que pretenda reduzir gastos do governo federal para assegurar estabilidade nas contas públicas.

"Nós não estamos nessa fase [de cortas gastos], não temos uma dívida como a da Espanha, temos 35% de dívida líquida. Nós temos superavit primário. A discussão no Brasil é se o superavit primário será de 1,8%, 1,9% ou 2%. É essa discussão. Não é se nós aumentamos a dívida. É diferente aqui", disse Dilma.


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