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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Exportação de milho deve chegar a 25 mi de t
As exportações brasileiras de milho deste ano vão superar em muito as até então registradas pelo país.
Serão pelo menos 25 milhões de toneladas, 26% mais do que as do ano passado.
Se concretizado, esse volume superará em 130% a média da vendas externas dos cinco anos anteriores, tomando como base os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O ritmo das vendas externas voltou a ser forte neste mês, o que permitirá ao país terminar novembro com vendas externas acumuladas de 23 milhões de toneladas nos 11 primeiros meses.
O problema é que os produtores vão conseguir uma boa evolução no volume exportado, mas as receitas já não são mais as mesmas do início do ano.
Em 2012, o país obteve US$ 5,3 bilhões de receitas com o milho exportado.
Neste ano, o volume financeiro deverá ficar próximo de US$ 6 bilhões, devido à forte retração dos preços neste segundo semestre.
Negociada a US$ 295 em março, a tonelada do cereal tem agora preços inferiores a US$ 200, segundo a Secex.
As exportações estão sendo feitas, em média, por US$ 223 por tonelada neste segundo semestre, 21% menos do que as ocorridas no primeiro.
O bom momento das exportações de milho no ano passado e neste foi propiciado pelos Estados Unidos, onde a produção teve quebra de 100 milhões de toneladas na safra 2012/13, devido à forte seca no Meio-Oeste do país.
Neste ano, os norte-americanos vão produzir um volume recorde de 355 milhões de toneladas, mas os estoques deles ainda estão baixos, o que tem favorecido as vendas externas do Brasil.
A menos que o câmbio passe a ser favorável às exportações, o cenário não será bom para os exportadores do cereal no próximo ano.
Os preços estão em queda no exterior, e o Brasil voltará a ter a concorrência das exportações dos norte-americanos. Até os argentinos, com uma logística melhor do que a brasileira, levam vantagem sobre os brasileiros.
Por ora, as exportações têm segurado os preços internos do milho, que voltaram a subir neste mês. Sem as vendas externas, a comercialização teria sido muito desfavorável aos produtores, que vêm obtendo safras recordes.
Troca de nome A tradicional Feicorte muda de nome para Expo Corte e será realizada em junho de 2014 no Centro de Exposições Imigrantes. O formato da exposição será menor, após uma divisão societária dos antigos participantes.
Circuito nacional A gerente de agronegócio Carla Tuccilio cria uma nova empresa que, além da feira em São Paulo, manterá o circuito Expo Corte nas cidades de Cuiabá (MT), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Ji-Paraná (RO) e Uberlândia (MG).
Quem lidera A Massey Ferguson detém 24,4% do mercado nacional de tratores. A Valtra vem a seguir, com 21,9%, conforme os dados mais recentes da Anfavea (associação das indústrias do setor).
Por Estado A Massey Ferguson lidera as vendas, em unidades comercializadas, nos Estados da Bahia, de Minas Gerais, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e de São Paulo --este, o maior mercado nacional.
Novas fronteiras A Valtra tem as maiores participações no Ceará, em Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo. Já a John Deere, com 21,4% no país, lidera em Goiás, no Maranhão, em Mato Grosso e no Pará.
Paraná A New Holland, com participação nacional de 18,9% nas vendas nacionais de tratores, lidera a comercialização no Paraná, atingindo 36,2% do mercado.
DE OLHO NO PREÇO
cotações
Chicago
Soja
(US$ por bushel)13,29
Trigo
(US$ por bushel)6,47
Londres
Petróleo
(US$ por barril)110,88
Cobre
(US$ por tonelada)7.071