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Análise

Seja qual for o resultado, dinâmica da OMC já mudou

SHAWN DONNAN DO "FINANCIAL TIMES"

O enredo pode parecer o mesmo: ricos e pobres em lados opostos em relação ao comércio internacional, os dois lados imobilizados num cabo de guerra que não avança.

No cenário, deve haver protestos lá fora outra vez, enquanto os 159 membros da OMC discutem. Mas há uma boa possibilidade de que esta reunião seja diferente.

Para começar, existe uma chance real de que, pela primeira vez em 18 anos da OMC, um tratado global seja estabelecido. Mas, principalmente, quando os países estiverem todos juntos na sala, será difícil separá-los em "norte" e "sul", divisão que predominou na OMC durante a maior parte de sua história.

Atolados em economias que não deslancham, os Brics estão rachando. Brasil, China e Rússia estão mais propensos a apoiar acordos. O mesmo acontece com os africanos e o influente agrupamento de pequenos países afro-caribenho-pacíficos.

Para eles, a pauta de facilitar o trânsito nas aduanas, traz enormes benefícios.

O fiel da balança agora é a Índia, que ameaça emperrar a cláusula que beneficia países mais pobres com programas de segurança alimentar.

Se a Índia, no entanto, arruinar as perspectivas da OMC, não será mais como uma heroína dos pobres.

Nos acordos preliminares, o país recebeu apoio apenas de Bolívia, Cuba, Venezuela, Zimbábue e África do Sul.

A Indonésia, que chefia o G33, deixou clara sua insatisfação. Haja o que houver em Bali, portanto, há algo novo na dinâmica global.


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