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Venda de veículo deve ter queda em 2013

Produção já é recorde, mas desaceleração neste trimestre deverá refletir no crescimento da indústria nacional

Devido ao período de férias coletivas, dezembro será um mês de fabricação em queda no segmento

EDUARDO SODRÉ EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS

A indústria automotiva bateu seu recorde de produção um mês antes do fim do ano, mas não terá destaque no trimestre da indústria nacional. A conclusão vem dos resultados divulgados ontem pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Os cerca de 3,5 milhões de automóveis, comerciais leves e pesados feitos no país entre janeiro e novembro já superam em 12,9% o resultado de 2012. O crescimento atingiu o ponto mais alto em maio, com 354.414 veículos.

O número também foi bom em outubro (324.374), mas houve queda de 10,7% no mês seguinte, reflexo da elevação dos estoques e da desaceleração que geralmente ocorre no fim do ano.

O aumento da produção também foi influenciado pelas restrições aos carros importados, que encolheram 10,5% em participação.

Devido ao período de férias coletivas, dezembro tende a ser um mês de produção em queda no segmento automotivo, o que influenciará no resultado total da indústria brasileira.

A expectativa para o próximo ano é de manutenção do cenário atual. De acordo com Cledorvino Belini, presidente da Fiat América Latina, o aumento gradativo das exportações beneficia o setor, mas as vendas em 2014 "não serão muito diferentes das registradas neste ano".

A provável alta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros novos em janeiro é um dos fatores que deverão segurar os emplacamentos.

Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que as alíquotas deverão ser elevadas, mas que será um retorno gradual, como já vem ocorrendo. "Temos que discutir quanto vai ser. Certamente, não será uma recomposição total porque seria muito ruim para o setor."

Pelos cálculos da Anfavea, o repasse integral poderia elevar em até 5,6% os preços médios dos veículos, caso o tributo retorne aos patamares originais. Por exemplo, o IPI dos modelo 1.0 passaria dos atuais 2% para 7%.

Contudo, economistas e executivos do setor automotivo ouvidos pela Folha acreditam que o repasse do imposto será, no máximo, parcial, pois não há muita margem para aumentos de preço nas concessionárias.

RETRAÇÃO

No acumulado de janeiro a novembro, as vendas de automóveis, comerciais leves e veículos pesados registram retração de 0,8% ante o mesmo período do ano passado­.

Para chegar ao crescimento de 1% previsto pelas montadoras, as concessionárias teriam de vender 430 mil unidades em dezembro. O recorde de vendas (cerca de 420 mil emplacamentos) foi alcançado em agosto de 2012.

Naquele mês, o mercado também vivia a expectativa de aumento do IPI. Contudo, a mudança no tributo foi adiada pelo governo.

Embora as vendas no país estejam distantes do previsto no início do ano, a indústria automotiva nacional irá fechar 2013 como a quarta maior do mundo.


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