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Após sete dias em alta, dólar cai com BC

Investidores receberam bem o anúncio de que o programa de oferta da moeda norte-americana será prorrogado

Analistas, porém, afirmam que alta do dólar ainda é tendência e que inflação no Brasil preocupa em 2014

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

O anúncio de que as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio vão ser prorrogadas para 2014 foi bem recebido pelos investidores e o dólar caiu depois de sete dias seguidos em alta.

A previsão era que as atuações terminassem neste mês.

A moeda americana à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou ontem em baixa de 0,76%, a R$ 2,361, e o dólar comercial, usado no comércio exterior, teve desvalorização de 1,25%, para R$ 2,359.

Ambas as referências de preço da moeda reverteram a mesma sequência de alta.

De acordo com analistas consultados pela Folha, o programa de leilões do BC no mercado, iniciado em agosto, tem sido fundamental para evitar a oscilação brusca do dólar, embora fatores externos pressionem a moeda americana para cima.

"Pelo menos temos a previsibilidade de que as intervenções do governo vão acontecer e isso já é visto de forma positiva", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM.

Essas "pressões" de alta do dólar são, principalmente, as dúvidas dos investidores sobre quando terá início a redução dos estímulos econômicos nos Estados Unidos.

Sinais recentes de que a recuperação americana ganha fôlego, como a revisão para cima do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre, de 2,8% para 3,6%, reforçam no mercado financeiro a aposta de que o corte começará logo.

O BC dos EUA injeta mensalmente na economia, desde 2009, US$ 85 bilhões por meio de recompra de títulos e parte desse dinheiro se transforma em investimentos em outros países, como o Brasil.

Com o fim do incentivo, menos recursos estariam disponíveis para as aplicações e, diante da possibilidade de menor entrada de dólares no mercado brasileiro, o preço da moeda americana sobe.

Quanto às perspectivas para a inflação --principal problema a ser combatido pelo BC brasileiro com as intervenções no câmbio e também com o ciclo de aumento do juro (taxa Selic)--, os analistas permanecem cautelosos.

A maioria dos consultados aposta em mais dois aumentos da Selic de 0,5 ponto percentual. A taxa encerraria 2014 em 11% ao ano.

"O governo está fazendo tudo o que pode para estancar a inflação no ano que vem, mas ainda não há sinais de alívio à vista", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

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folha.com/no1380176


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