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Tombini defende superavit fiscal maior

Para presidente do BC, quanto mais economia para pagar juros, melhor; governo vem reduzindo a meta neste ano

Tombini argumentou também que inflação está controlada e em baixa mesmo com a alta na cotação do dólar

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu ontem que, quanto mais o governo economizar, melhor.

A declaração foi em resposta ao senador Armando Monteiro (PTB-PE), que perguntou se era preciso elevar o superavit primário --economia do governo para pagar juros da dívida.

"Qualquer Banco Central, com exceção daqueles [de países que] que estão saindo de recessão econômica, pode pensar: Quanto mais [superavit] fiscal, melhor'. Em condições normais, o Banco Central sempre teria esse viés, responder: Quanto mais fiscal, melhor'", disse, em audiência no Senado.

A política fiscal é o gerenciamento das receitas e das despesas do governo. Quando o governo economiza mais, reduz a demanda por produtos e serviços na economia. Com isso, colabora para conter a alta dos preços, auxiliando o BC na tarefa de conter a alta da inflação.

Diversos senadores também questionaram sobre a permanência contínua da inflação acima do centro da meta, de 4,5%. Hoje, a taxa está em 5,77%.

Tombini atribuiu a elevação dos preços nos últimos anos ao encarecimento dos alimentos por causa de fatores climáticos e à alta do dólar. Segundo ele, o valor do real caiu cerca de 20% ante o dólar nos últimos dois anos.

"Você pode olhar de outra forma e dizer: a despeito de uma depreciação [cambial] de 20%, ainda tivemos uma inflação controlada e com viés de baixa neste momento", disse.

O presidente do BC voltou a destacar que o impacto da alta dos juros na inflação é defasado.

A mensagem vem sendo entendida pelo mercado como uma indicação de que a próxima alta da Selic, em janeiro, será de 0,25 ponto percentual, menor que as anteriores, de 0,5 ponto percentual. Em novembro, a taxa subiu pela sexta vez consecutiva, de 9,5% para 10%.

INSTABILIDADE

Tombini disse ainda que a retirada dos estímulos econômicos nos EUA terá efeitos mais suaves sobre o mundo se for implementada cedo e com previsibilidade.

A expectativa de que o banco central americano comece a retirar esses estímulos tem provocado uma alta global do dólar, o que traz instabilidade para os mercados.

Segundo Tombini, porém, trata-se apenas de uma transição cujo resultado final é positivo. Isso porque, ressaltou, a retirada desses estímulos significa que a maior economia do mundo está se recuperando, o que beneficia o comércio internacional e o crescimento do mundo.

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folha.com/no1383566


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