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Indústria cresce e para de demitir após cinco meses

Resultado não é visto como recuperação do mercado de trabalho no setor; avanço na renda perde ritmo

Aumento no número de horas extras, no entanto, pode indicar avanço no ritmo de contratações no futuro

PEDRO SOARES DO RIO

Após cinco meses de retração, o emprego na indústria parou de cair em outubro diante da melhora da produção. O resultado, porém, não é visto pelo IBGE e por analistas como recuperação do mercado de trabalho industrial, que convive ainda com a freada do rendimento.

O número de pessoas ocupadas registrou variação positiva de só 0,1% de setembro para outubro. O economista Fernando Abritta, do IBGE, considera o número uma estabilidade do emprego, e não uma recuperação.

Não é, porém, de todo ruim, diz, já que estancou um período longo de queda --nos cinco meses seguidos em que a ocupação encolheu, a perda acumulada foi de 1,8%.

"Apesar da estabilidade, o dado pode sinalizar uma melhora nos próximos meses."

Outro indicador positivo, segundo o economista, é o crescimento do número de horas pagas pela indústria (indicador da jornada de trabalho e das horas extras no setor).

O aumento de 0,3% ante setembro ocorreu após cinco taxas negativas seguidas --período em que o índice acumulou perda de 2,9%. Ou seja, a expansão em outubro não foi suficiente para compensar essa queda.

O índice de horas pagas aponta possível avanço do emprego no futuro. É que, antes de abrirem vagas, empresários ampliam a produção por meio de horas extras, aumentado a jornada de trabalho. Só com uma retomada mais firme é que eles decidem por novas contratações.

A estabilização do emprego e o aumento das horas extras, diz o economista do IBGE, é uma resposta à melhora da produção da indústria, ainda que em ritmo moderado. Em outubro, a alta de 0,6%, acima do previsto, agradou ao mercado.

O emprego industrial está, porém, muito distante de recuperar as perdas acumuladas nos cinco meses consecutivos de quedas (1,8%) e mostra retração ante 2012.

Em relação a outubro de 2012, o setor cortou 1,7% das vagas. Trata-se do 25º resultado negativo seguido e o mais intenso desde setembro de 2012. No índice acumulado de janeiro a outubro, o emprego caiu 1%.

Com o repique da inflação e negociações salariais mais difíceis, o rendimento do trabalhador já não cresce com o mesmo vigor. Em relação a outubro de 2012, o indicador de rendimento da indústria avançou 1,2%, ritmo menor que o de setembro (2,5%).


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