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Orçamento dos EUA deve ser aprovado

Votação pode ocorrer hoje, e projeto, sem entusiasmo nem revolta, deve ter apoio de republicanos e democratas

Pela proposta, o deficit no Orçamento deve ser US$ 23 bi menor; saldo no ano fiscal de 2013 foi negativo em US$ 680 bi

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O Congresso americano pode aprovar já hoje o Orçamento que financiará o governo até 30 de setembro de 2015. Será o primeiro votado por consenso desde 2011, em projeto redigido por democratas e republicanos.

Modesto, ele não aumenta consideravelmente a arrecadação nem faz cortes drásticos no gasto público, mas é um raro momento de diálogo entre situação e oposição.

A expectativa é que o projeto, apesar de não gerar grande entusiasmo, seja aprovado, já que as reclamações dos membros dos dois grandes partidos não indicam que haverá uma revolta capaz de derrubá-lo.

"Acredito que ele vai obter a maioria da maioria", disse o deputado republicano Darrell Issa. O apoio da oposição é importante porque ela tem maioria na Câmara dos Representantes (deputados).

Para diversos analistas, se for mesmo aprovado, ele evitará fechamento do governo, como ocorreu por duas semanas em outubro, e deixará mais remota a possibilidade de um calote da dívida americana --o teto de endividamento do país precisa ser votado e ampliado em fevereiro.

Pela impossibilidade de se chegar a um acordo, os Orçamentos anteriores eram empurrados de um ano legislativo para o outro --cada prazo novo ganhava um nome mais dramático da imprensa americana, de "abismo fiscal" a "confisco".

Depois de diversas brigas e acusações entre os líderes oposicionistas, que controlam a Câmara, e a situação, com maioria no Senado, a costura do acordo foi feita pela senadora democrata Patty Murray e o deputado republicano Paul Ryan.

Por enquanto, a única oposição mais barulhenta ao projeto de Orçamento de Murray e Ryan veio de senadores republicanos que são possíveis presidenciáveis em 2014: Marco Rubio e Rand Paul. Mas os democratas têm maioria no Senado, o que deve facilitar a aprovação na Casa.

REDUÇÃO MODESTA

A parte do Orçamento que precisa de aprovação do Congresso americano passou de US$ 967 bilhões para US$ 1,012 trilhão. O deficit público é reduzido modestamente, em US$ 23 bilhões.

No ano fiscal de 2013 (encerrado em setembro), os EUA tiveram um deficit no Orçamento de US$ 680 bilhões, após quatro anos seguidos em que o saldo ficou negativo em ao menos US$ 1 trilhão.

Segundo cálculos do governo americano, o deficit representou 3,9% do PIB da maior economia mundial, 2,1 pontos percentuais menos que no ano fiscal de 2012.

A agência de avaliação de risco Standard & Poor's retirou, em 2011, a nota máxima para os títulos do governo americano devido à deterioração das contas públicas dos EUA e à dificuldade do Congresso de chegar a um acordo sobre uma solução para a melhora do problema fiscal.


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