Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Congresso do México abre petróleo para setor privado

Projeto é a mais ambiciosa reforma da economia do país em 2 décadas

Áreas não exploradas de petróleo estão entre as maiores do mundo, mas país hoje tem de importar combustível

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Congresso mexicano aprovou ontem projeto que abre o setor de petróleo para a iniciativa privada, na principal reforma econômica do país em duas décadas.

Segundo a legislação, o petróleo continua a ser propriedade do governo mexicano, mas companhias privadas (estrangeiras e nacionais) poderão explorá-lo sozinhas ou em parceria com a Pemex (a Petrobras local).

O projeto tem ainda de ser aprovado pela maioria das 31 Assembleias estaduais, antes de ser sancionado pelo presidente Enrique Peña Nieto. A expectativa é que o governo consiga tranquilamente o apoio nos Estados.

A mudança é considerada a mais profunda na economia desde a entrada do país, em 1994, no Nafta (tratado de livre comércio com o Canadá e os Estados Unidos).

O setor de energia da segunda maior economia da América Latina foi nacionalizado em 1938 e ainda é motivo de grande orgulho para parte da população.

O problema é que a produção local, que chegou a 3,4 milhões de barris diários em 2004, caiu para 2,5 milhões de barris, e as reservas comprovadas de petróleo são cerca de 20% do patamar de 20 anos atrás.

A dificuldade não é o esgotamento das reservas, mas a falta de investimento. As águas do golfo do México são consideradas uma das principais áreas não exploradas de petróleo, mas é preciso gastar bilhões de dólares para torná-las realidade.

Sem esse investimento, o México precisa importar petróleo e gás natural dos EUA, o que encarece os custos para a indústria local, reduzindo sua competitividade.

Espera-se que, com as mudanças, o país receba mais investimento privado (com o retorno de gigantes como ExxonMobil e Shell) e sua economia se acelere --o PIB cresceu 3,9% em 2012, mais que o Brasil, mas abaixo de emergentes como China e Índia.

"Isso é sem dúvida uma mudança extremamente importante", afirmou Ed Morse, chefe global de pesquisa de commodities do Citibank.

Marco Oviedo, do banco Barclays, calcula que o investimento no setor deve passar dos atuais 2% para 3,5% do PIB nos próximos anos.

O banco JPMorgan prevê que as mudanças podem aumentar o investimento estrangeiro direto no país em US$ 15 bilhões ao ano.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página