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Dona das Casas Bahia e do Ponto Frio obtém R$ 2,85 bi na Bolsa
Abertura de capital da Via Varejo é a 2ª no mês a captar menos do que o previsto
A Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, conseguiu levantar R$ 2,85 bilhões com a venda de ações em sua abertura de capital na Bolsa. Os papéis estreiam no pregão na segunda-feira.
O volume captado ficou inferior ao esperado, com o recibo de ações (chamados units) vendidos a R$ 23 cada um --abaixo do intervalo de R$ 25,60 a R$ 33,60 sugerido pelos bancos. A expectativa era levantar até R$ 4,8 bilhões com a operação.
É a segunda abertura de capital no mês em que os papéis vendidos saem abaixo do valor indicado pelos bancos.
Anteontem, a agência de turismo CVC concluiu sua abertura de capital ao captar R$ 621 milhões. A previsão era que a agência de turismo conseguisse perto de R$ 900 milhões. Ontem, as ações da CVM estrearam na Bolsa com baixa de 3,12%.
No caso da Via Varejo, a maior parte do dinheiro captado vai para a família Klein, antiga dona da Casas Bahia, que reduz sua participação de 47% para 28,2%.
O Grupo Pão de Açúcar continua como sócio majoritário, mas também diminui sua fatia na empresa, de 52,4% para 46,2% do capital.
A Via Varejo já estava tecnicamente na Bolsa, mas só 0,6% das ações estavam disponível para os investidores. Com a oferta, esse percentual sobe para 25,6%.
Formada pela união entre Ponto Frio, do GPA, e Casas Bahia, da família Klein, a Via Varejo também administra a bandeira Nova Pontocom, de comércio eletrônico.
A operação foi aprovada em junho deste ano com o objetivo de permitir à família Klein iniciar a sua saída da empresa. Desde a fusão entre Casas Bahia e Ponto Frio, em 2010, os Klein contestam os termos do acordo que deram a eles 47% da empresa. (CLAUDIA ROLLI E TONI SCIARRETTA)