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Dólar sobe pouco com redução de oferta por BC

Apesar da surpresa com a medida ainda em 2013, decisão foi bem-vista

Avaliação é que BC deixou tempo hábil para reação do mercado antes dos feriados do final de ano

ANDERSON FIGO TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

O anúncio do Banco Central de que vai reduzir a oferta de dólares no mercado em 2014 foi avaliado de forma positiva pelo mercado.

O programa de oferta de moeda americana foi implantado em agosto, para segurar a cotação do dólar e reduzir o nervosismo do mercado, com a expectativa em relação a mudanças na economia dos EUA.

Há alguns dias, o presidente do BC já havia anunciado que faria ajustes no programa e o prorrogaria para 2014.

Anteontem, depois de o Fed (banco central americano) reduzir a injeção de dólares na economia dos EUA, a autoridade monetária brasileira divulgou os ajustes: corte de R$ 3 bilhões para R$ 1 bilhão semanal na "ração" oferecida.

Embora o mercado financeiro não esperasse nem a medida dos EUA nem uma resposta tão rápida do Brasil, o impacto foi positivo. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia ontem em leve alta de 0,30%, cotado a R$ 2,350.

A interpretação foi que a diminuição será progressiva e que os juros dos EUA não devem subir até 2015.

Na avaliação de Luiz Fernando Figueiredo, gestor da Mauá Investimentos e ex-diretor do BC, o anúncio da redução da oferta de dólares pela autoridade monetária brasileira foi feito em um momento acertado.

"Deu tempo hábil ao mercado de digerir a notícia e reagir a ela ainda neste ano, antes dos feriados", afirma (leia texto ao lado).

"O presidente do BC e o ministro Guido Mantega [Fazenda] já tinham sinalizado que o programa de intervenções no câmbio poderia sofrer ajustes em 2014. Não houve surpresa com a decisão", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

CLAREZA

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, as medidas de ambos os bancos centrais foram acertadas porque trouxeram clareza em relação ao cronograma da retirada dos estímulos.

"O BC americano tem uma política muito boa de comunicação, que tem sido chave para a condução de sua política monetária. E o brasileiro tem conseguido aproveitar bem essa clareza para tomar suas decisões."

Apesar do clima de mais "calmaria" neste fim de ano nos mercados para o qual tem colaborado o BC americano, o dólar à vista já subiu 14,97% neste ano até ontem ante o real --sendo 14,86% desde 22 de maio, quando os EUA anunciaram que reduziriam o incentivo econômico.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, cai 15,29% no ano. Ontem, subiu 2,12%, para 51.633 pontos.

"Já houve uma saída importante de investidores estrangeiros do mercado local rumo a economias desenvolvidas que se recuperam, principalmente a americana", diz Marcos Trabbold, operador da B&T Corretora de Câmbio.


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