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Para ex-BC, mercado digere bem Fed e novidade foi timing

DE SÃO PAULO

Experiente em turbulências, o ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo diz que o mercado estava mais do que preparado para o início da retirada dos estímulos nos EUA.

Considerou acertada a decisão do BC de não esperar muito para comunicar a redução na intervenção no dólar.

Folha - Por que a reação do mercado parece tão pacífica?

Luiz Fernando Figueiredo - O mercado tinha como certo que isso isso iria acontecer entre janeiro e março. Era questão de "quando", e não "se" [ocorreria]. As pessoas se preparam tanto que os preços [dos ativos] já tinham corrigido. A taxa de juros de dez anos nos EUA era 1,80% e agora está 2,90%. Era bola cantada. Ainda tem um processo de digestão. A estabilidade demonstra que esse processo está indo bem. Não tem nenhum sacolejo.

E o timing do BC no Brasil?

Foi muito bom. Não podia demorar demais porque o mercado ficaria mais nervoso por não saber o que iria acontecer. Quanto mais para a frente, menos o BC saberia qual seria a reação do mercado. O ano praticamente acabou. E o BC se deu no comunicado o grau de liberdade que julgou apropriado. Se o ambiente estiver mais adverso do que imaginava, terá total liberdade de mudar essa estratégia, como, aliás, já fez.

Quais as perspectivas para os mercados no próximo ano?

Será um ano difícil. Pode ser mais ou menos difícil. E isso depende de uma coisa só: a política fiscal. Se for razoável --e por razoável entendo um superavit [economia para pagar juros] de 2% do PIB, mas sem criatividade--, é possível que o ano seja menos difícil. Agora, se for mais pobre, será muito mais difícil. Virão o "downgrade" [rebaixamento da avaliação de risco], volatilidade no câmbio e na Bolsa.


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