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Saída de pessoas do mercado de trabalho derruba desemprego

Taxa de 4,6% em novembro iguala a menor marca histórica, mas poucos postos são criados

PEDRO SOARES DO RIO

Nem sempre uma baixa taxa de desemprego significa um mercado de trabalho mais vigoroso. Foi o que ocorreu em novembro, quando o índice de 4,6% igualou a menor marca da série histórica do IBGE, registrada em dezembro de 2012.

É que o recuo da taxa --que havia sido de 5,2% em novembro-- decorreu do fato de que mais pessoas deixaram de procurar emprego.

"Não é um cenário favorável. O melhor seria se a taxa de desemprego tivesse caído em razão do crescimento do emprego, o que não ocorreu", disse Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De outubro para novembro, o total de inativos subiu 0,8%, com um acréscimo de 148 mil pessoas a essa categoria. Já na comparação com novembro de 2012, a alta de 4,5% correspondeu a 801 mil pessoas a mais sem trabalhar ou buscar uma vaga.

Esses números contrastam com uma fraca geração de postos de trabalho. O contingente de ocupados subiu apenas 0,1% de outubro para novembro (ou 14 mil pessoas). Em relação a novembro de 2012, houve queda de 0,7%, o que corresponde a uma perda de 170 mil vagas.

Para especialistas, a migração de mais pessoas para a inatividade pode ter várias razões. Uma delas, vista em outros meses de novembro, é que empregados temporários já acertaram suas contratações, mas não começaram efetivamente a trabalhar.

Desse modo, diz Pereira, são considerados fora do mercado de trabalho, ainda que já tenham conseguido uma ocupação.

Outros motivos podem ser o desalento --desestímulo para procurar emprego diante de um cenário econômico difícil-- ou a saída temporária do mercado de trabalho em razão do final de ano.

RENDA

Pereira afirma que a alta da renda em novembro --2% ante outubro e 3% em relação a novembro de 2012-- não sinaliza uma melhora do rendimento familiar a ponto de permitir que alguns membros deixem de procurar trabalho, o que, em tese, poderia explicar o crescimento do número de inativos.

O gerente do IBGE ressalta que a renda melhorou em novembro, mas registra desempenho pior neste ano do que em 2012.

Na média de janeiro a novembro, o rendimento cresceu 1,7%, num ritmo inferior ao de anos anteriores. Nesse período, a taxa de desemprego média ficou em 5,5%, pouco abaixo dos 5,6% de janeiro a novembro de 2012.


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