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Dilma terá menor aumento do PIB em ano eleitoral desde 2002

BC divulga previsão de expansão de 2,3% da economia em 12 meses

GUSTAVO PATU RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Na disputa por um segundo mandato, a economista Dilma Rousseff enfrentará a pior taxa de crescimento econômico em ano de eleições presidenciais desde 2002, segundo previsões divulgadas ontem pelo Banco Central.

Pelas contas do BC, a produção e a renda do país --Produto Interno Bruto-- terão expansão de 2,3% no período de 12 meses até setembro de 2014, às vésperas do pleito.

Quando Dilma foi eleita, há três anos, a taxa chegava a 7,6%, a melhor desde a euforia posterior ao Plano Real, que elegeu FHC.

Quando Lula venceu o tucano, em 2002, a economia era sacudida por uma crise financeira e o crescimento acumulado até setembro era de apenas 1,3%.

A presidente também não viverá uma situação confortável com a inflação, que, para o BC, chegará aos 5,6% no próximo ano, consideradas as expectativas do mercado para o dólar e os juros.

Se confirmado, o percentual será o menor em cinco anos, mas, ainda assim, permanecerá bem acima da meta oficial de 4,5%. Para o BC, aliás, a meta será descumprida novamente em 2015, no primeiro ano do mandato do próximo presidente.

O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, afirmou que, apesar de as projeções apontarem para uma inflação elevada no horizonte de 12 meses, há "tendência de recuo".

O BC elevou a taxa básica de juros em 2,75 pontos percentuais desde abril deste ano. A Selic está atualmente em 10% ao ano.

TRUNFOS

As expectativas dos analistas de mercado para 2014 são menos favoráveis que as do BC: crescimento econômico de 2% e inflação de 5,95%.

Os principais trunfos eleitorais de Dilma, porém, não parecem correr riscos até a eleição: o desemprego se mantém em patamares historicamente baixos e os gastos sociais asseguram a queda da pobreza.

Devido à alta das despesas em Previdência, programas de assistência social e educação, o mercado acredita que o governo não cumprirá em 2014, mais uma vez, a meta de poupar o equivalente a 3,1% do PIB para o abatimento da dívida pública.

A projeção central dos analistas é uma poupança de 1,7%, o que, pelos cálculos do BC, fará a dívida pública subir de 34,5% para 35,1% do PIB. Para a instituição, é necessário poupar 2,1% do produto para manter a dívida estável.


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