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Investidor-anjo tem 44 anos em média
DE SÃO PAULOUma opção mais comum para profissionais experientes que querem participar do desenvolvimento de empresas tecnológicas é se tornar investidor ou conselheiro.
Segundo pesquisa da associação Anjos do Brasil, (organização que reúne investidores individuais e fomenta o empreendedorismo), a idade média de quem investe em empresas iniciantes por conta própria é de 44 anos.
A maioria é formada por pessoas que criaram empresas de sucesso no passado (50%). A seguir estão executivos de grandes empresas (29%) e profissionais do mercado financeiro (13%).
Antônio Mamede, 59, é dono de uma consultoria. Fez carreira primeiro na área de tecnologia e depois como executivo em empresas como Volkswagen e ThyssenKrupp.
Ele conta que sempre foi apaixonado por tecnologia e, desde a época do fax, nos anos 1980, já sonhava com aparelhos com as funções dos smartphones de hoje.
Há dois anos, ele investiu no aplicativo Mallguide, que permite visualizar, no celular, a localização das lojas em um shopping e as promoções realizadas por elas. O fundador da companhia tem pouco mais de 30 anos.
Mamede conta que se reúne com a equipe da empresa pelo menos uma vez ao mês para discutir os rumos do negócio e se mantém em contato com os fundadores da companhia quando há uma decisão importante a ser tomada.
"Essa área de tecnologia precisa muito de mentores para indicar o caminho a seguir", afirma Mamede.
"Quando jovem, você acha que o mundo é colorido e sua ideia é maravilhosa. Mas, quando chegam as primeiras frustrações, 99% deles perdem o entusiasmo", diz o investidor.
A pesquisa da e.Brics indica que somente 2% dos empreendedores esperam apenas investimentos de quem aposta na empresa.
Outros 39% dizem que o investidor deve contar com uma boa rede de contatos. Outra característica citada foi ser confiável. (FO)