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Juro torna títulos pós-fixados mais atraentes

DE SÃO PAULO

A perspectiva de mais aumentos do juro básico da economia (a taxa Selic) brasileira em 2014 --dos atuais 10% ao ano para até 11% ao ano-- deixa os títulos públicos pós-fixados entre os líderes de indicações de consultores para o pequeno investidor.

A quantidade de recursos disponíveis para aplicação, porém, é aspecto fundamental antes de decidir por uma determinada alternativa.

Para ajudar na comparação, a Folha preparou simulações de investimento de R$ 500 a R$ 10.000 mensais por um ano.

A diversificação aumenta quanto mais dinheiro disponível o investidor possui.

"Para quem tem pouco, até R$ 500 por mês para aplicar, o ideal é usar uma alternativa de baixo custo, como a poupança ou o Tesouro Direto, para acumular recursos e, só então, diversificar", diz Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa.

Para quem tem entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês, a orientação é misturar poupança e títulos públicos. Entre os disponíveis no Tesouro Direto, a aposta dos especialistas são as LFT (Letras Financeiras do Tesouro), que acompanham o desempenho do juro básico.

Ainda no Tesouro Direto, as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional Série B) --que pagam uma taxa de juros definida no momento da compra mais a variação do IPCA (inflação oficial)-- também são uma alternativa, mas o horizonte de investimento deve ser mais longo. Os vencimentos disponíveis desses papéis vão de 2020 a 2050.

Vale lembrar que o Tesouro tem incidência de Imposto de Renda --há uma tabela regressiva, segundo a qual quanto maior o tempo de resgate, menor a alíquota cobrada sobre o rendimento.

Isenta de IR, a poupança é recomendada também para quem tem mais recursos para investir, diz o planejador financeiro José Raymundo de Faria Junior. "É preciso ter uma reserva de emergência de fácil resgate e a poupança oferece essa possibilidade."

Outra recomendação dos especialistas são as LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), também isentas de IR.

Os títulos, que são privados, entretanto, têm como desvantagens o valor mínimo de aplicação inicial, que costuma ser acima de R$ 1.000, e o risco de calote da instituição.

Há também a dificuldade de se desfazer do papel antes do vencimento. Algumas LCI não permitem ao investidor vendê-las fora do prazo final.

Os fundos DI, indexados ao CDI (juros médios cobrados nos empréstimos entre bancos), são uma opção segura para os investidores. É preciso, no entanto, avaliar a taxa de administração cobrada, que diminui conforme aumenta o valor investido.

"Pode valer a pena juntar R$ 20 mil ou R$ 30 mil na poupança para aplicar em um fundo DI com custo menor", afirma Rocha, do Insper. O mesmo raciocínio vale para o CDB (Certificado de Depósitos Bancários).

O ano que vem será de mais dificuldade na Bolsa e no câmbio, afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

Para o economista, 2014 será um período de recuperação mundial, mas a economia brasileira seguirá com crescimento baixo. "Para o pequeno investidor que busca retorno no curto prazo, a Bolsa não vai ser bom investimento", diz.


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