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Setor automotivo garante avanço do investimento privado em SP

Estado recebe R$ 5,75 bilhões em 2013, alta de 37% sobre 2012; número de projetos sobe 20%

Indústria de veículos responde por 36,5% do dinheiro investido e abre nova frente na guerra fiscal com o RJ

(GABRIEL BALDOCCHI) DE SÃO PAULO

Apesar da piora na confiança dos empresários em geral em relação à economia brasileira durante o ano passado, o Estado de São Paulo registrou um crescimento de 36,9% no volume de investimentos privados.

O desempenho foi alcançado graças aos recursos destinados para fábricas do setor automotivo, responsável por cerca de 36,5% dos R$ 5,75 bilhões anunciados no período para a região, a de maior representatividade no PIB industrial do país.

Ao todo, foram 24 projetos, número 20% superior ao registrado em 2012, quando o Estado recebeu R$ 4,2 bilhões em recursos, segundo dados da Investe SP, agência do governo estadual responsável por intermediar as negociações com os investidores.

Sérgio Costa, diretor da Investe SP, afirma que as incertezas sobre o país ainda são menores do que as dúvidas em relação à Europa e aos EUA. Para Costa, empresas que cogitaram revisar projetos de investimento o fizeram com base em boatos.

"Muita gente fala que o Brasil já foi a bola da vez. Não. Continua sendo um mercado muito importante", diz.

Embora a onda de manifestações que tomou o país em meados do ano passado e os indicadores econômicos tenham diminuído o grau de confiança dos empresários no país, não houve queda dos investimentos no Estado de São Paulo.

A maioria dos projetos anunciados no ano passado é de empresas estrangeiras.

LONGO PRAZO

O setor automotivo vive uma lógica à parte. Os anúncios de fábrica fazem parte de uma onda de investimentos incentivados pelo programa federal Inovar Auto, que prioriza a produção local.

São negócios que visam principalmente um crescimento potencial de mercado para o longo prazo.

Entre os destaques de 2013 estão uma fábrica da Honda de R$ 1 bilhão em Itirapina (213 km de SP) e uma da Mercedes de R$ 500 milhões em Iracemápolis (163 km de SP).

O valor poderia ter sido maior se a agência tivesse conseguido garantir a unidade brasileira da Land Rover, perdida na última etapa para o Rio de Janeiro. O investimento é de R$ 750 milhões.

GUERRA FISCAL

A disputa por montadoras traçou um novo capítulo da guerra fiscal entre os dois Estados. São Paulo questiona na Justiça incentivos concedidos pelo governo do Rio à Nissan e à Peugeot.

Apesar da política menos agressiva sobre benefícios fiscais defendida pelo Estado, a expectativa paulista é que a região siga como um receptor natural dos projetos automotivos nos próximos anos.

A nova fase de investimentos deve ocorrer no setor de autopeças, como reflexo da instalação das novas montadoras. "Agora estamos focando a segunda onda, em fornecedores da indústria automotiva", afirma.

As negociação em curso entre os investidores e a agência somam R$ 9,7 bilhões. Os projetos vão desde novas fábricas até investimentos em centros de pesquisa.


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