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Indústria encolhe no fim do ano e tem 2013 modesto

Setor tem queda de 0,2% em novembro e deve crescer pouco mais de 1% no ano

Em 2012, teve retração de 2,6%; melhora do investimento é vista como notícia positiva por analistas

PEDRO SOARES DO RIO

Afetada por inflação maior, crédito restrito e confiança de empresários combalida, a indústria cresceu pouco em 2013 e interrompeu em novembro três meses seguidos de resultados positivos.

Nem mesmo com o câmbio mais favorável, a indústria conseguiu sustentar a tendência de recuperação e houve queda de 0,2% de outubro para novembro. A retração foi ditada pelo fraco desempenho setor automotivo.

Em outubro, o setor havia mostrado uma expansão de 0,6% e surpreendera positivamente analistas --que viam, na ocasião, a possibilidade de um terceiro trimestre melhor para o PIB.

Apesar de a retração de novembro ter sido menor do que a prevista (em torno de 1%), analistas não alteraram ainda suas projeções para evolução da economia no quarto trimestre.

A expectativa é de uma expansão da ordem de 0,5% no período --o que resultaria num PIB fechado de 2013 na faixa de 2,2% a 2,5%, segundo consultorias.

No começo de 2013, esperava-se mais da indústria. Mas o setor tende a fechar o ano com uma expansão modesta --pouco superior a 1%. De janeiro a novembro, a alta acumulada foi de 1,4%.

O resultado é insuficiente para compensar a queda de 2012: 2,6%.

O ponto favorável é que esse fraco avanço foi sustentado pela produção de máquinas, equipamentos e veículos destinados ao investimento para fabricação de produtos, ao setor agrícola, à infraestrutura e à distribuição.

"A indústria frustrou. Mas os investimentos, que tinham caído muito, cresceram, o que é boa notícia", diz Rafael Bacciotti, da Tendências.

De janeiro a novembro, a produção dos chamados bens de capital (ou bens de investimento) cresceu 14,2% e impulsionou o desempenho da indústria.

Já sinalizando uma acomodação mais recente após o fim da safra recorde (que motivou muitos agricultores a comprarem máquinas em 2013) e uma menor demanda por caminhões (cujas vendas disparam com o subsídio do BNDES para a compra desse bem), a produção de bens de capital caiu 2,6% de outubro para novembro.

Foi a única categoria com resultado negativo.

"Os bens de capital puxaram a indústria para baixo em novembro", diz André Macedo, gerente do IBGE. O economista diz que a inflação e a menor confiança de empresários também freou a indústria no ano passado.

Para a LCA, a produção da indústria voltou a cair em dezembro, em ritmo ainda mais intenso. A estimativa aponta retração de 1,2%. O motivo será o mesmo: fraca produção de veículos, setor que sofre com baixos estoques.

Já a Rosenberg & Associados prevê um recuo de 0,9% em dezembro. Para a consultoria, a produção de veículos e a de petróleo devem ter afetado o resultado do mês passado do setor industrial.


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