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Apartamento em Ipanema é anunciado por R$ 66 milhões

Imóvel com quatro dormitórios e vista para o mar tem 560 m²

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Os altos preços de imóveis no Rio não são novidade, mas recentemente um anúncio chamou a atenção de especialistas no mercado carioca e abriu discussão sobre a especulação no setor.

Um apartamento de 560 m² com quatro quartos no edifício Cap Ferrat, em Ipanema (zona sul), foi anunciado por R$ 66 milhões em um site estrangeiro --R$ 118 mil por m².

Com vista para o mar, o imóvel é quase quatro vezes mais caro do que a casa, em um dos endereços mais exclusivos de Miami, escolhida pelo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira como refúgio após a saída do comando do futebol brasileiro.

No mesmo site, o James- Edition, com sede na Suécia, é anunciado por € 15 milhões (R$ 48 milhões) um apartamento de 578 m² em Paris, próximo à igreja Notre Dame --€ 5 milhões (R$ 16 milhões) menos do que o apartamento de Ipanema.

"É um prédio de grife [o Cap Ferrat]. Mas não vejo justificativa para esse valor, a não ser que tenha sido construído no apartamento um palácio, com piso de ouro ou diamante", afirma o vice-presidente do Secovi Rio (sindicato da habitação), Leonardo Schneider.

O prédio, localizado no número 564 avenida Vieira Souto, tem amplas varandas e um apartamento por andar --são 17. Entre seus moradores e ex-moradores estão os empresários Alexandre Accioly (dono das academias Body Tech) e André Esteves (do BTG).

O preço médio do m² em Ipanema era de R$ 19.651 em dezembro, segundo o Secovi Rio. O valor sobe para até R$ 45 mil nos prédios da orla, diz Schneider. No caso do Cap Ferrat, um dos condomínios mais valorizados da cidade, atinge R$ 60 mil --o que faria o imóvel custar R$ 33 milhões.

O anúncio foi retirado do site recentemente. A reportagem apurou que isso ocorreu diante da grande repercussão sobre o preço. Outro apartamento no mesmo edifício foi anunciado em um site brasileiro por R$ 37 milhões.

Frederico Judice Araujo, sócio-diretor da imobiliária Judice & Araujo, diz que no mercado carioca são comuns negócios entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. São, por exemplo, casas no ponto mais sofisticado do Leblon (também na zona sul), o Jardim Pernambuco, com área construída entre 500 m² e 700 m².


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