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Inflação argentina é a mais alta em 10 anos, afirmam consultorias

Entidades privadas estimam alta superior a 27%; dado oficial é acusado de maquiagem

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

A inflação de 2013 na Argentina deverá ficar acima dos 27%, segundo levantamentos de seis consultorias privadas do país. O número é o maior desde que os Kirchner chegaram à Presidência do país, em 2003.

O governo ainda não divulgou os números oficiais do ano passado, mas a estimativa é que a inflação seja de 11%. O problema é que organismo oficial que calcula o índice está sob intervenção do governo desde 2007 e é acusado de maquiar os dados.

A falta de credibilidade do Indec, espécie de IBGE local, fez com que a Argentina recebesse uma rara moção de censura do FMI (Fundo Monetário Internacional) em 2013.

Em 2012, o Indec afirmou que a inflação foi de 10,8% ante 25,6% estimados pelas consultorias.

"Essa alta recorde da inflação em 2013 se deve principalmente ao fato de que a economia argentina cresceu pouco, em torno de 3%", diz Facundo Martinez, da consultoria M&S. O informe da empresa divulgado ontem diz que a média anual da inflação no país ficará em 28,8%.

PESO DOS ALIMENTOS

A alta dos alimentos é um dos principais fatores de disparada da inflação na Argentina no ano passado.

De acordo com a consultoria Buenos Aires City, ligada à Universidade de Buenos Aires, comidas e bebidas tiveram um aumento de 33% nos últimos 12 meses.

Somente em dezembro, os analistas calculam que os preços tenham subido 4%.

Esse aumento fez com que o governo anunciasse o congelamento dos preços de cem itens para os três primeiros meses deste ano.

Segundo a entidade Consumidores Livres, a cesta básica subiu 23,7% em 2013. O produto com maior alta foi a farinha de trigo, que teve 102% de aumento.


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