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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Soja tem um terço das exportações para a China

O Brasil participou do ano marcante no comércio para a China, que em 2013 tornou-se a principal potência do mundo nessa área, ao apresentar o maior valor de importações e exportações.

As commodities, mais uma vez, foram as protagonistas dessa relação. Com um crescimento de 44% nos embarques, a soja representou mais de um terço (37%) dos embarques brasileiros para a China, com US$ 17 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior.

As exportações totais do Brasil para os chineses aumentaram 11,6% no período.

Também houve recuperação nas vendas de minério de ferro (6,7%) e expansão nos embarques de açúcar e de celulose, ambos em 33%, na análise por receita.

Refletindo a retração nas importações totais de petróleo da China e a queda na produção brasileira, as vendas de óleo em bruto do Brasil para aquele país caíram 16%.

Essa não foi a única má notícia. Ao mesmo tempo em que elevaram a importação de soja em grão, os chineses reduziram em 45% as compras de óleo de soja, para US$ 507 milhões. O produto está entre os dez mais importados do Brasil pelos asiáticos.

A estratégia dos chineses, de comprar a matéria-prima do Brasil para produzir o óleo e o farelo de soja internamente, prejudica a indústria brasileira. No ano passado, pela primeira vez, as exportações brasileiras de soja superaram o volume processado no país.

Mas outros caminhos foram abertos para os exportadores brasileiros em 2013.

Com a retirada das barreiras fitossanitárias sobre o milho, as exportações do cereal devem subir no próximo ano.

O consumo de milho já supera a produção na China e deve continuar crescendo.

O novo plano de crescimento do governo chinês, baseado no consumo interno, também abre novas oportunidades para o Brasil. Áreas ainda incipientes no comércio bilateral, como a de carnes, tem amplo potencial.

Por enquanto, a maioria dos produtos passa por Hong Kong antes de entrar na China, devido a restrições sanitárias impostas por Pequim.

Não por acaso, Hong Kong está entre os maiores importadores de carne bovina, de frango e suína do Brasil. Nos dois primeiros casos, os embarques brasileiros atingiram receita recorde em 2013.

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Revisão O Usda (Departamento de Agricultura americano) reduziu ontem sua estimativa para a produção de milho nos EUA. A projeção para a safra 2013/14 caiu 0,5% em relação à divulgada em dezembro, devido a uma redução na produtividade.

Reação O anúncio surpreendeu o mercado e foi suficiente para elevar em 5% o preço do milho na Bolsa de Chicago. A expectativa do Usda para a demanda norte-americana é de alta, com o maior uso do grão para a alimentação animal.

Trigo A maior presença do milho na ração animal resultou também no aumento da expectativa para a oferta mundial de trigo. O Usda elevou em 2,6 milhões de toneladas (1,4%) a sua projeção para os estoques globais ao final da safra 2013/14.

Redução Com a notícia, as cotações do trigo fecharam o dia em queda de 2,6% na Bolsa de Chicago. Na semana, o cereal acumulou desvalorização de 6%.

Menos laranja O Usda também revisou sua estimativa para a safra de laranja na Flórida. Devido aos efeitos do greening, doença que atinge os pomares, a produção será 5% menor do que a projetada pelo Usda em dezembro.

Suco O preço do suco, que já vinha subindo em NY por causa do frio nos EUA, acelerou a alta e fechou a semana com variação de 6,8%.

DE OLHO NO PREÇO
Cotações

Londres

Chumbo
(US$ por tonelada)2.097

Cobre
(US$ por tonelada)7.284

Chicago

Soja
(US$ por bushel)13,04

Milho
(US$ por bushel)4,33


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