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Outro lado
Aumento se deve a mudança na forma de contabilização, diz empresa
DE SÃO PAULOA administração de Itaipu argumenta que seus gastos "sociais" não tiveram um crescimento tão expressivo, porque parte desses recursos já era investida, mas não estava sendo contabilizada dessa maneira.
Segundo a usina, programas como manutenção de hospitais ou fomento à cultura apareciam como gastos administrativos. A empresa, no entanto, não informou o montante de dinheiro que passou a ser classificado como gasto social.
Brasil e Paraguai alteraram o tratado de Itaipu em 2004 para permitir um aumento de US$ 40 milhões nos gastos sociais e ambientais em relação ao que já era praticado. Pelas estatísticas do relatório de sustentabilidade da empresa, esse limite foi largamente ultrapassado.
Em comparação com 2009, quando os gastos atingiram o recorde, o aumento foi de US$ 124,6 milhões. Em relação a 2012, último dado disponível, a alta é de US$ 66,3 milhões.
Itaipu nega que o limite aprovado pelos dois países tenha sido extrapolado. A explicação da usina para a diferença nos números é a reclassificação dos gastos anteriores e a variação cambial, que, em épocas de real valorizado, encarece as despesas locais em dólares.