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Ferroviária ALL quer R$ 10 bi para reforçar trecho estratégico

Dinheiro seria usado para ampliar capacidade de linha em SP

(JULIA BORBA E RENATA AGOSTINI) DE BRASÍLIA

Para atender o governo e ampliar a capacidade do trecho ferroviário que recebe a Norte-Sul --e que faz parte de sua concessão--, a ALL (América Latina Logística) estima que sejam necessários mais R$ 10 bilhões em investimentos na linha entre Estrela d'Oeste e Campinas, no Estado de São Paulo.

Segundo a Folha apurou, o valor é considerado pela empresa como "adicional" e, portanto, não faria parte das obrigações impostas pelo contrato de concessão com o governo. Do montante, mais de R$ 8 bilhões precisariam ser investidos na duplicação em si do trecho e mais de R$ 1 bilhão para aumentar o número de trens em circulação.

Os números foram apresentados ao governo em um estudo que deu início à discussão sobre as necessidades de duplicação da linha sob domínio da empresa.

Representantes da ALL ouvidos pela Folha sustentam que não há interesse da companhia, neste momento, em devolver o trecho concedido.

Contudo, internamente, a diretoria já discute qual seria uma reparação aceitável, paga pelo governo, para que o trecho seja devolvido. Cálculos mostram que já foram injetados, até o momento, R$ 17 bilhões em valores atualizados na ferrovia pela ALL.

Para não criar um problema de difícil solução com a empresa, o governo vem dando mais ênfase na tentativa de solucionar o financiamento da duplicação, sem ter de retomar o trecho.

Das opções que estão sendo avaliadas há: a entrada de um investidor, um novo aporte do BNDES ou uma saída pelo novo modelo de concessões, em que a Valec garante a compra de toda a capacidade da ferrovia.

A preocupação do Ministério dos Transportes é acabar com o gargalo no trecho antes que haja um aumento da carga transportada resultante da expansão da malha e da entrada em operação dos novos concessionários.

Nos últimos dias, a ALL se tornou alvo de desconfiança por parte dos investidores após seguidas reuniões do governo para tratar da saúde da empresa. Apesar dessa movimentação, a companhia afirma ter dinheiro em caixa --cerca de R$ 2 bilhões.

Segundo comunicado de ontem da Cosan, a Rumo, controlada pela empresa, "tem mantido tratativas preliminares com a ALL" sobre uma possível fusão.


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