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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Com safra recorde, cresce estoque de etanol

A safra 2013/14 de cana-de-açúcar termina com moagem recorde. Até 1º de janeiro, foram processados 594,1 milhões de toneladas de cana na região centro-sul, crescimento de 11,8% em relação a igual período de 2013.

O número, divulgado ontem pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), supera a estimativa da própria entidade de processamento de 590 milhões de toneladas nesta temporada.

Como praticamente toda a moagem adicional desta safra --cerca de 63 milhões de toneladas de cana-- foi destinada à produção de etanol, as usinas chegam ao início de 2014 com estoques 15% maiores do que no mesmo período do ano passado.

Além do aumento de 19,2% na produção do biocombustível, as exportações caíram 23,9% e contribuíram para elevar o volume de etanol disponível no país, segundo a Unica. Para a entidade, ele é suficiente para atender à demanda nos próximos meses.

Mas essa folga não é sinônimo de uma entressafra tranquila, afirma Julio Maria Borges, da Job Economia e Planejamento.

Para ele, o quadro será semelhante ao verificado no início de 2013, período marcado por preços em alta devido à oferta restrita. Neste ano, no entanto, as cotações devem ser mais pressionadas pela demanda.

O crescimento da produção na safra que termina foi acompanhado de um aumento significativo no consumo.

Em maio do ano passado, a parcela de etanol misturado à gasolina subiu de 20% para 25%. Como consequência, as vendas de etanol anidro aumentaram 36% entre abril e dezembro de 2013, totalizando 6,9 bilhões de litros, segundo a Unica.

Apesar de ter avançado em menor ritmo (16,4%), a comercialização de etanol hidratado também revela aumento da demanda, ocasionada pela expansão da frota de veículos flex.

Com o aumento da demanda, o preço do etanol hidratado subiu 6,4%, em termos reais (descontada a inflação), entre janeiro de 2013 e 2014, segundo indicador do Cepea. O anidro avançou 3,8%.

Nas usinas, os preços começaram o ano com estabilidade. Borges diz, no entanto, que o viés é de alta.

Foco na demanda Com poucas incertezas sobre a safra de grãos nos EUA e com o clima favorável na América do Sul, os preços da soja e do milho devem ser mais influenciados por indicadores de demanda, avaliam economistas do Itaú Unibanco.

Consumo em alta Por enquanto, diz o banco, os sinais são de demanda aquecida, com as exportações norte-americanas em alta.

Boi em baixa Com baixo volume de negócios, o preço do boi gordo começa a cair. A arroba foi negociada a R$ 115 em São Paulo ontem, queda de 1%, segundo Informa Economics FNP. Os frigoríficos limitam suas compras, à espera do comportamento das vendas de carne no atacado.

ZINCO

+3,02%D
Ontem, em Londres

SUCO DE LARANJA

-2,06%E
Ontem, em Nova York

Renda no campo sobe 11% e soma R$ 430 bi

A renda do produtor brasileiro cresceu 11,3% no ano passado, impulsionada por um aumento nos volumes produzidos e preços atrativos. O VBP (valor bruto da produção) do Ministério da Agricultura somou R$ 430 bilhões.

As lavouras renderam R$ 286 bilhões, com destaque para a participação da soja, que representou 31% desse valor e teve um aumento de 25% no valor da produção.

Em 2014, com a safra recorde, a oleaginosa deve liderar o crescimento da renda no campo, com o valor da produção se aproximando de R$ 115 bilhões, alta de 29%.

Em termos gerais, porém, o ritmo de expansão da renda deve ser menor, devido aos preços mais baixos. O ministério prevê avanço de 7%.

A pecuária deve ter uma alta de 3%, ante 11,8% em 2013.


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