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Nova metodologia revela taxa de desemprego mais alta no país

Índice no 2º trimestre de 2013 é de 7,4%; pesquisa menos abrangente do IBGE apontava 5,9%

Taxa trimestral ganha mais abrangência, com cidades de todo o país, e mostra desemprego maior no Nordeste

PEDRO SOARES LUCAS VETTORAZZO DO RIO

O Brasil passou a ter uma taxa nacional de desemprego trimestral, e a constatação é que ela é mais elevada do que a que vinha sendo apurada pelo IBGE nas seis maiores metrópoles --áreas onde a economia é mais dinâmica e diversificada, multiplicando as oportunidades de trabalho.

Os dados da nova Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) contínua, que visita lares de 3.500 cidades do país ao longo do ano, revelam as diferenças regionais e que no segundo trimestre de 2013 (dado mais recente disponível) o desemprego subiu nas áreas mais pobres: Norte e Nordeste.

Em nível nacional, a taxa de desemprego ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013 --0,6 ponto percentual abaixo dos 8% dos três primeiros meses daquele ano e apenas 0,1 ponto inferior à do segundo trimestre de 2012.

O contingente de desempregados no país somou 7,3 milhões de abril a junho. Naquele período, o número de pessoas empregadas, por seu turno, era de 90,6 milhões.

Conforme esperado por analistas, o desemprego na pesquisa ficou acima do registrado pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego, que analisa seis regiões metropolitanas) --5,9% no segundo trimestre de 2013.

O resultado contradiz a ideia de alguns economistas de que o país vive o pleno emprego, com uma taxa de desocupação próxima a 5%.

Para Wasmália Bivar, presidente do IBGE, as maiores metrópoles têm uma "estrutura econômica completa", com oferta de vagas em vários setores como indústria, serviços, educação e saúde pública. O mesmo não ocorre nos municípios menores.

Tal lógica prevalece nas regiões menos desenvolvidas e de renda mais baixa. No Nordeste, o desemprego saltou de 9,6% no segundo trimestre de 2012 para 10% em igual período de 2013. No Norte, subiu de 8,1% para 8,3%. Nas demais regiões, houve redução. No Sul, a taxa é de 4,3%.

A ministra Miriam Belchior (Planejamento) diz que as diferenças regionais eram notadas na PME e que a pesquisa nova permitirá ao governo traçar políticas de emprego mais específicas e regionalizadas.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, os novos dados são mais fiéis à realidade e condizentes com o fraco crescimento do país nos dois últimos anos.

Douglas Uemura, da LCA, diz que o fato de a taxa na Pnad ser mais alta do que a da PME não muda a leitura do mercado sobre o comportamento do desemprego.


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