Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Pão de Açúcar anuncia novo presidente

Ronaldo Iabrudi substitui Enéas Pestana e encerra 'era Abilio Diniz' na empresa

DE SÃO PAULO

O Grupo Pão de Açúcar anunciou ontem que Ronaldo Iabrudi será seu novo presidente, em substituição a Eneás Pestana, que apresentou sua carta de renúncia.

A mudança marca o fim da "era Abilio Diniz" na companhia. Pestana era ligado ao empresário brasileiro, que, em junho de 2012, passou o controle e o comando da empresa fundada por seu pai para os franceses do Casino.

Abilio e Jean-Charles Nouri travaram disputa nos meses seguintes que culminou com um acordo para a compra das ações do brasileiro e sua saída da empresa, em setembro.

No comando, Jean-Charles Nouri, presidente do Casino, contratou Iabrudi para ser seu "homem forte" no país. O executivo brasileiro já ocupava assento no conselho de administração do Pão de Açúcar. Ontem, Iabrudi foi eleito presidente da companhia, após o conselho aceitar a renúncia de Pestana.

A saída de Pestana já era esperada pelo mercado. A Folha apurou que, internamente, o executivo já havia manifestado sua intenção de deixar a empresa. Preferiu fazê-lo no momento em que o grupo apresentou resultado acima do esperado. Em 2013, a receita líquida foi de R$ 57,7 bilhões --aumento de 14%.

A Via Varejo, braço de eletroeletrônicos formado pela fusão entre Casas Bahia e Ponto Frio, e a Novapontocom também registraram alta.

"Este é o momento adequado para a conclusão de um ciclo importante na liderança do GPA [Grupo Pão de Açúcar]. Completo uma importante fase em minha vida após dedicar 11 anos ao desenvolvimento desta companhia", disse em nota.

ANTECEDENTES

A permanência de Pestana no grupo desde a troca de comando, em junho de 2012, não foi das mais confortáveis.

Apesar de ser ligado a Abilio, que então passou a exercer a presidência do conselho, Pestana deu sequência ao plano de voo dos controladores e diversas vezes entrou em conflito com Abilio.

Uma delas foi na aprovação de plano de retenção de talentos, um tema que deveria ter passado pelo comitê de recursos humanos.

No final, o assunto acabou sendo decidido pelos fran- ceses no conselho de administração.

"Seu extraordinário desempenho e sua lealdade ao interesse da companhia, mesmo nos momentos mais difíceis, merecem todo o respeito", disse Naouri, em nota.

Procurados, os executivos não quiseram se manifestar.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página