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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Preço do feijão recua 18% em uma semana e desestimula novo plantio

O feijão começou o ano em queda acentuada no campo. Nos últimos sete dias, o carioquinha de boa qualidade caiu 18,4%, segundo pesquisa da Folha. Ontem, a saca era negociada por R$ 84, em média, queda de 8,7% no dia.

O preço reflete um excesso de oferta momentâneo e já desestimula os produtores no plantio da segunda safra, afirma Vlamir Brandalizze, da consultoria Brandalizze.

Com o atraso do plantio da primeira safra de feijão, a colheita ficou concentrada na segunda metade de janeiro.

Também há recuperação da produção em relação ao ano passado, quando o Brasil colheu cerca de 700 mil toneladas. Neste ano, a primeira safra deve ficar em 1 milhão de toneladas, segundo Brandalizze, mas ainda abaixo da média histórica.

Outro fator que reduz os preços nas lavouras é a baixa classificação do produto. As chuvas atrapalham a colheita em algumas regiões e prejudicam a qualidade do feijão. "Em Goiás, há relatos de produtores recebendo R$ 70 por saca devido à baixa qualidade do carioca", diz.

O preço baixo reduziu o interesse do produtor no plantio da segunda safra, que começa em fevereiro. E, para incentivar o plantio da terceira, entre abril e junho, as cotações devem subir.

"Os valores praticados hoje não cobrem os custos de produção do feijão irrigado", afirma Brandalizze. O sistema de irrigação é necessário no cultivo da terceira safra.

O consumidor, portanto, pode sentir um alívio no bolso até maio, quando a oferta deve ficar mais restrita e resultará em alta de preço.

O volume de feijão disponível só voltará a crescer em agosto, quando a colheita da terceira safra se intensifica.

Mais caro Se depender da concorrência do feijão importado, o preço do nacional tem bastante espaço para subir. A saca do feijão-preto importado da China chega ao Brasil entre R$ 170 a R$ 190.

Mais barato O frango voltou a cair nas granjas paulistas. O preço de ave viva foi a R$ 2,40 por quilo ontem, queda de 2% no dia, segundo pesquisa da Folha.

Maior A produção de açúcar no centro-sul deve subir 2,9% na próxima safra, para 35 milhões de toneladas, estima a Safras & Mercado.

Reação A projeção ajudou a derrubar mais uma vez o preço do açúcar, que caiu 1,25% ontem em NY. Em 30 dias, a retração é de 17%.

CAFÉ

-1,16%E
Ontem, em Nova York

OURO

+2,98D
No mês, em Nova York

Endividamento incentiva consumo de arroz no mês

A demanda por arroz no varejo está forte neste mês.

Provocado pela alta do endividamento, o menor espaço no bolso do consumidor para gastos com a alimentação incentiva o consumo de produtos básicos, diz o consultor Vlamir Brandalizze.

A safra tem boas condições de desenvolvimento, e não se espera oferta concentrada em um curto período de tempo.

Com lucro garantido na venda da soja, os produtores gaúchos, que respondem pela maior parte da produção de arroz, devem comercializar aos poucos a safra.

Os preços continuam firmes no Rio Grande do Sul, a R$ 36 por saca de 50 quilos.


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