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Argentino pode fazer duas compras ao ano em sites estrangeiros

Quem gastar mais de US$ 25 terá de preencher declaração juramentada para o fisco local e pagar 50% em impostos

Medida, chamada de 'corralito' da web, é nova tentativa do governo Cristina Kirchner de evitar fuga de divisas

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O governo argentino anunciou uma nova medida para conter as importações via lojas on-line. Agora, os argentinos poderão realizar apenas duas compras virtuais por ano em sites de fora do país.

A resolução foi publicada no "Diário Oficial" um dia depois de a Afip, a Receita do país, informar outras regras que restringem a aquisição de produtos em sites do exterior.

O argentino que gastar mais de US$ 25 em compras on-line terá de preencher uma declaração juramentada para o fisco e pagar 50% do valor do produto em impostos.

No Twitter, a restrição foi chamada de "corralito" da web, em alusão ao congelamento dos depósitos bancários que entrou em vigor no fim de 2001.

O chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, defendeu a resolução.

"Se queremos que haja indústria na Argentina, temos que ser capazes de defender o nosso", disse.

A medida é mais uma tentativa do governo de evitar a fuga de divisas do país.

Em dezembro, a Casa Rosada já havia aumentado de 20% para 35% a alíquota do imposto para transações financeiras de pessoas físicas no exterior, passagens e pacotes de viagens.

O produtor musical J.F., 31, que pediu que não fosse identificado, compra discos e livros em sites como Amazon e eBay. Agora vai pensar antes de adquirir algo.

"Querem apagar um incêndio com um copo d'água. Mais uma vez vão prejudicar as pessoas com menos dinheiro", afirmou.

PESO DESVALORIZA

E ontem o peso argentino teve sua maior desvalorização em 11 anos. Com o dólar paralelo, que é comercializado em casas de câmbio não oficiais, atingindo a cotação de 12,15 pesos, o dólar oficial passou a 7,14 pesos.

Em maio de 2013, a presidente Cristina Kirchner havia dito que as pessoas que queriam ganhar dinheiro à custa de uma desvalorização da moeda teriam que esperar "por outro governo", já que quem pagaria por isso seria o povo. De lá pra cá, o peso já desvalorizou 36,5%.


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